Ninguém pinta um quadro sem olhar para a tela
Agora é a hora. Agora é o momento. Não existe outra oportunidade senão o agora. Você deve manejar agora o leme da mente. Se você deixar escapar o momento presente, poderá não ter outra oportunidade de manejar o leme da mente.
O ser humano é um escultor mental que, usando o cinzel da mente, esculpe a sua própria fisionomia. Por isso, não existem no mundo duas pessoas com fisionomias idênticas. Aliás, não só a fisionomia, como também o nosso destino e o ambiente à nossa volta são produtos que nós próprios criamos com o nosso cinzel da mente. O cinzel da mente está em constante movimento. Por isso, não podemos parar de esculpir nem por um minuto. Isso significa que não podemos negligenciar, nem por um minuto, o trabalho de nossa mente.
Suponhamos que você faça esculturas ou pinte quadros. Que acontecerá se, ao se dedicar à criação de uma obra, você manejar o cinzel sem olhar para a estátua que está esculpindo, ou colocar a tinta na tela a esmo, sem olhar para a figura que está pintando. Com certeza, a estátua ficará desfigurada por causa das cinzeladas desferidas ao acaso, e o quadro ficará arruinado com desarmoniosas manchas de tinta.
É pre preciso muito cuidado para esculpir a nossa vida neste mundo
Tanto para esculpir uma estátua como para pintar um quadro precisamos ser cuidadosos. Contudo, se cometermos erros ao esculpir e estragarmos a escultura, poderemos comprar uma nova madeira para trabalhar e, se arruinarmos a tela ou o papel com pinceladas erradas, poderemos comprar uma nova tela ou uma nova folha de papel. Em se tratando de esculpir o nosso destino, se o esculpirmos a esmo e o estragarmos, não poderemos recuperar a parte danificada; e, em se tratando de pintar o quadro chamado nosso ambiente, se o estragarmos com cores feias, desarmoniosas, não poderemos repará-lo. A cada dia, esculpimos ou pintamos com a mente o nosso próprio destino. Portanto, devemos usar com muito cuidado o cinzel da mente e o pincel da mente, não se deixando dominar, ora pela raiva, ora pela preguiça, ora pela tristeza, ao sabor de seus ímpetos ou caprichos.
Viver desse modo é estragar o destino, desferindo a esmo o cinzel da mente; é manchar o próprio ambiente, pincelando-o a torto e a direito com cores desarmoniosas. Existem muitas pessoas que vivem dessa maneira e lamentam que não conseguem tornar-se felizes. Isso é comparável a alguém, de olhos fechados, dar pinceladas a esmo numa tela e depois lamentar que não consegue pintar bem. Se, mesmo na pintura, não podemos produzir uma boa obra se usarmos a esmo o pincel e as tintas, é óbvio que não conseguiremos pintar bem um grandioso quadro da nossa vida se usarmos sem o devido cuidado o pincel da mente. Devemos ter o máximo cuidado em cada pincelada. Ao pintar um quadro, o pintor concentra a sua atenção no pincel e maneja-o com cuidado. Assim como ele, nós também devemos nos concentrar no pincel da mente para que ele não faça traços errados, ou seja, devemos estar sempre atentos a nossa postura mental para levarmos uma vida correta.
História verídica de Sandow
Eugene Sandow, famoso criador do halterofilismo, era considerado possuidor da mais bela musculatura do mundo. Porém, ao contrário do que se supõe, o tempo que ele despendia nos exercícios físicos era de apenas 10 a 15 minutos por dia. Em compensação, ele fazia a ginástica diante de um espelho. Cada vez que ele movimentava alguma parte do corpo, os músculos dessa região se salientavam. Olhando-se no espelho e observando esses músculos, Sandow mentalizava que o seu corpo se tornava cada vez mais forte e belo. Como já dissemos, o corpo passa a manifestar concretamente o aspecto mentalizado. Por isso, mesmo praticando exercícios físicos apenas 10 minutos por dia, Sandow conseguiu, com o poder da mente, desenvolver ao máximo todos os músculos do seu corpo e tornou-se campeão de saúde e portador da mais bela musculatura, na sua época.