Recorde! E pode colocar aí quatro recordes batidos com a campanha dos Jogos Parapan-Americanos de Lima 2019. O Brasil superou a sua própria melhor campanha de Toronto: em total de medalhas (257) e em número de ouros (109). Agora, conseguiu a melhor campanha da história da competição: bateu México na edição disputada em casa, em 1999, que tinha 121 ouros e 307 medalhas no total. Vamos aos números finais do Brasil na edição de 2019: 308 medalhas, 124 ouros, 99 pratas e 85 bronzes.
O Brasil veio para a capital peruana com a maior delegação da história: 513 pessoas e 337 atletas e acompanhantes. Sofreu com algumas uniões de classes e provas sem medalha, mas mesmo assim conquistou a melhor campanha da história dos Jogos Parapan-Americanos. Na cerimônia de encerramento, às 20h30, o Brasil comemora com Maciel Santos,dabochaclasse BC2, como porta-bandeira. A próxima edição dos Jogos será em Santiago em 2023.
BALANÇO DE LIMA 2019
A gente elaborou um planejamento estratégico no início que onde Lima era o primeiro degrau dos grandes eventos do cliclo. Então Lima foi um ótimo termômetro pra que a gente avaliar o caminho que nós estamos trilhando, se temos que fazer uma revisita ao nosso planejamento pra Tóquio, na realidade nosso planejamento é pra dois ciclos, pra oito anos, Tóquio e Paris. A gente tinha sim uma expectativa aproximada, superiu um pouco essa expectativa apesar de que no início a gente ficou um pouco retido no sentido em que começou a haver mudanças principalmente naquelas modalidades em que a gente tinha uma expectativa maior, que era o atletimso, o próprio halterofilismo. São três grandes modalidades, o tênis de mesa. A gente ficou com receio de que pudesse ainda haver outras modificações durante a competição. Mas graças a Deus atingimos a meta. A meta interna nossa era superar Toronto em todos quesitos. Desde a delegação, número de atletas em finais, número de atletas jovens em finais, número de mulherres, número de classes baixas, porque isso faz parte do nosso planejamento de renovação e também do cenário internacional. A renovação em relação aos jovens, a classe baixa porque a gente tá vendo que as classes baixas dão resultado mais a curto prazo, e também os países não investem tanto a nas classes baixas. A gente começou a verificar também que não adianta você investir em classe baixa se o IPC juntar a classe. Por exemplo, na natação, de S1 a S2 e S5. Então isso deixa a gente um pouco preocupado.
DECEPÇÕES
Com relação a decepcionar, não houve nenhum aspecto. Lógico, a gente sabia das dificuldades por exemplo do rugby em cadeira de rodas. Tínhamos astante expectativa que a gente pudesse superar isso, porque nós trabalhamos com conquista de vagas para Tóquio. Então quando você vê uma equipe que sai, a princípio, dessa disputa para a vaga, isso lógico que entristece a gente. A mesma coisa com o basquete em cadeira de rodas tanto o feminino quanto o masculino que não conseguiram suas vagas. A gente vê que é necessário no Brasil pensarmos num planejamento mais real, mais concreto, talvez numa renovação mais acelerada. Ou seja, com certeza os presidentes e as federações estão fazendo essa avaliação pra que a gente trabalhe dentro dessa perspectiva de uma renovação o mais rapidamente possível pra termos uma modalidade que foi, que iniciou o esporte paralímpico com sua plasticidade. Então eu não diria que foi decepção. Mas a gente realmente acreditava.
SURPRESAS
O que superou a expectativa foi a própria natação e o halterofilismo. O atletismo ficou dentro daquilo que já havíamos planejado. O atletimso ficou dentro daquilo que a gente já tinha planejado, perdemos uma aqui, ganhamos outras ali. Mas a natação superou bastante as nossas expectativas. O halterofilismo traz o aspecto da própria regra, em que ela ainda é muito confusa, muito interpretativa. Então quando você tem ali três árbitros e quase nunca se tem uma homogeneidade entre os três árbitros quer dizer que há uma interpretação. A gente gostou muito do atuação do halterofilismo.
SER TOP 5 E RIVAIS EM PARALIMPÍADAS
A gente sabe que do top 10 para o top 5 é questão de uma medalha, duas medalhas. Então a gente precisa sempre estar ali naquele top 10. China é um país pela sua própria característica que não só pela população, ela utiliza recursos que a própria organização do esporte dá. Na maioria das modalidades não é pro exemplo como o halterofilismo, que tem um caminho para Tóquio. Os atletas têm que aparecer naquelas competições pra que ele vá a Tóquio. Os países europeus, e agora o retorno da Rússia, lógico que é um país a ser superado. Então em cada modalidade a gente tem estudado isso.
Fonte: Olimpíada Todo Dia