Nesta sexta-feira, 14, manifestantes de diversas cidades brasileiras voltam às ruas realizando atos contra a as mudanças nas regras da aposentadoria, a Reforma da Previdência, e por mais recursos para a educação.
A manifestação, denominada “Greve Geral”, foi convocada nacionalmente por centrais sindicais e outras entidades representativas de trabalhadores e conta com apoio dos estudantes. A previsão é de realização desses atos em mais de 300 cidades do país de 26 estados.
Em Juiz de Fora, a movimentação começou às 9h. No Parque Halfeld, profissionais de diversas áreas e estudantes se reuniram para realização do ato na cidade. Após a concentração em frente ao prédio da Câmara Municipal, os organizadores do movimento convocaram os manifestantes para saírem em direção à Avenida Barão do Rio Branco, onde o trânsito ficou fechado nas três pistas. Apesar de alguns boatos, o transporte público no município funciona normalmente nesta sexta-feira. A Polícia Militar (PM) acompanha o movimento e controla o trânsito.
Durante as falas, foram feitos gritos de ordem sobre as pautas principais do protesto, contra o atual governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) e também pedindo a liberdade do ex-presidente Lula, que segue preso em Curitiba (PR). Segundo os manifestantes, as mensagens divulgadas pelo site The Intercept Brasil de conversas atribuídas ao atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e a membros da força-tarefa da Lava Jato, reforçam que o petista não teve um julgamento justo.
Posteriormente, o movimento se concentrou na pista lateral da Avenida Rio Branco no sentido do Bairro Manoel Honório e as demais pistas foram liberadas. Durante todo o percurso os manifestantes fizeram uso do carro de som para protestar contra a reforma e os cortes.
Por volta de 12h, os manifestantes chegaram ao mergulhão e se concentram no cruzamento entre a Rio Branco e a Rua Barão de Cataguases. Com isso, a avenida voltou a ficar interditada nas três pistas. Além disso, um grupo de manifestantes também foi em direção à Avenida dos Andradas, que ficou fechada no cruzamento com a Rua Barão de Cataguases.
O ato em Juiz de Fora terminou por volta de 13h. O trânsito segue normalmente.
Bolsonaro comenta greve
Conforme publicado pela Agência Brasil, durante um café da manhã com jornalistas hoje, o presidente Jair Bolsonaro foi perguntado sobre a greve. O presidente disse ver o movimento como algo natural. “[Vejo] com muita naturalidade. Quando resolvi me candidatar, sabia que ia passar por isso”, disse.
Sobre reforma da Previdência, alvo das paralisações de hoje, Bolsonaro voltou a defender a importância das mudanças nas regras da aposentadoria, sem as quais os empresários não terão “segurança para investir”.