O primeiro Levantamento do Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa) de 2019, realizado pela Secretaria de Saúde (SS) entre os dias 7 e 11 deste mês, apontou índice de infestação de 3,7, considerado “estado de alerta” pelo Ministério da Saúde (classificação quando o resultado fica entre 1 e 3,9). Foram visitados 6.063 imóveis em 221 bairros. O índice caiu 0,2 se compararmos com o primeiro LIRAa de 2018, que registrou 3,9. O número de casos confirmados de dengue em Juiz de Fora, no entanto, apontam para uma situação de controle. Em 2018, foram notificados 232 casos na cidade, com 97 confirmados e nenhum óbito. Os bairros onde foram encontrados os maiores números de focos positivos são Dom Bosco (11), Nova Benfica e Monte Castelo (cada um com oito), Retiro (sete) e Mariano Procópio, Aracy, Jardim de Alá (seis cada).
Cerca de 90% dos focos continuam sendo encontrados dentro das residências e em estabelecimentos comerciais. “Este resultado mostra, mais uma vez, a necessidade da população colocar em prática os dez minutos contra o Aedes. Para garantir a saúde de sua família e de sua comunidade, basta fazer uma checagem de cerca de dez minutos nos locais onde ele costuma colocar seus ovos. Esta rotina tem que ser semanal, pois este é o período de que o Aedes aegypti precisa para se desenvolver e passar da fase de ovo para a de mosquito adulto. Se a verificação e eliminação dos criadouros forem realizadas uma vez por semana, o ciclo é interrompido, evitando o nascimento de novos mosquitos”, explica o subsecretário de Vigilância em Saúde, Rodrigo Almeida.
Os principais depósitos de larvas encontrados durante o trabalho de campo foram vasos, frascos com água, pratos, pingadeiras, bebedouros e fontes ornamentais (23,2% dos focos); lixos, sucatas em pátio, ferro velho, reciclados e entulhos (21% dos focos); tanques, borracharias, hortas, calhas, lajes, sanitários em desuso, piscinas não tratadas, floreiras (20,3% dos focos); barril, tina, tambor, poço (14,5%); pneus e outros materiais rodantes (10,1% dos focos). Um índice registrado neste levantamento que chamou atenção da Secretaria de Saúde foi o aumento dos focos em folhas de bromélias, com 7,6% dos focos.
Blitze
A SS está com várias frentes de trabalho para combater o Aedes. Duas blitze educativas – com participação da Defesa Civil, Guarda Municipal, Settra, equipe de Educação em Saúde e de outros órgãos – serão realizadas na próxima semana: uma no próximo dia 23, das 9 às 11 horas, em frente ao 27º batalhão da PMMG, localizado na Av. Presidente Juscelino Kubitschek, 4011; e outra no dia 24, também das 9 às 11 horas, em frente à Unipac, localizada na Av. Juiz de Fora, 1100, Bairro Granjas Betânia.
Palestras educativas
A equipe de Educação em Saúde da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) está agendando uma série de palestras educativas em empresas, hospitais, clubes e centros comerciais da cidade, com o objetivo de sensibilizar estes setores para o combate ao Aedes. Interessados em agendar uma palestra para os seus funcionários podem ligar para 3690-7534 ou enviar e-mail para o endereço educasaude@pjf.mg.gov.br.
Na próxima terça-feira, 22, a partir das 8 horas, a equipe de Educação em Saúde realizará palestra na sala de espera da Ascomcer. Já as ações em escolas municipais – como teatros e palestras – serão retomadas assim que o ano letivo começar.
Exército nas ruas
Cerca de 240 homens do Exército, além de veículos e caminhões, reforçam o trabalho dos agentes de combate a endemias, e também fazem omonitoramento dos pontos estratégicos e nas ações extras, como recolhimento de pneus, um dos principais vilões na proliferação do mosquito. Eles vão atuar até abril deste ano.
Sala de Operações
Vários setores da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) estão trabalhando em conjunto por meio da Sala de Operações, que funciona como um “braço operacional” que avalia as denúncias efetuadas no “Disque Dengue”, através do número 199, e realiza a distribuição do trabalho. O plano extrapola a divisão de secretarias. É um trabalho conjunto, integrado, que tem como objetivo aproveitar as funcionalidades que cada pasta pode oferecer em prol do controle vetorial, que diz respeito às medidas efetuadas para controlar o fluxo de transmissão, combatendo o mosquito.
Fonte: PJF