Por volta de 13h30 do dia 21 de dezembro, uma mulher, 27 anos, foi morta no bairro Juscelino Kubitschek, região Sudeste de Juiz de Fora. O suspeito do crime é um jovem de 18 anos.
De acordo com as informações do titular da Delegacia Especializada de Homicídios, delegado Rodrigo Rolli, a vítima estava sentada em frente a casa quando foi surpreendida pelo autor, que estava de posse de uma arma, e efetuou disparos conta ela. Em seguida, ele fugiu e recebeu auxílio de um co-autor do crime, 21 anos, que estava alguns metros à frente em um gol preto. “A equipe de investigadores foi a campo logo depois do dia do crime e trouxeram várias informações.Testemunhas veladas foram trazidas àDelegacia, além de testemunhas do local do crime, que identificaram os dois autores. Ambos são moradores da região Sudeste”, explicou o delegado. Após as diligências, os policiais civis conseguiram identificar o veículo e passaram a monitorá-lo.
A polícia ainda vai apurar para saber de qual arma foi feito o disparo. Rolli explicou que o veículo utilizado pelos autores envolvidos no crime foi furtado um dia antes do ocorrido. O carro estava sendo utilizado com uma placa também furtada pelo autor dos disparos. “Percebe-se que os autores adulteram o veículo com o objetivo de praticar o homicídio em si e dificultar as investigações. A equipe de investigadores conseguiu elucidar esse fato”, disse. Após o crime, o autor continuou utilizando o veículo.Através de imagens apuradas pela equipe de investigadores da Delegacia Especializada de Homicídios, é possível identificar o autor utilizando o carro em um dos shoppings de Juiz de Fora. “A equipe monitorou esse veículo por vários dias e conseguimos imagens que mostram o autor adentrando, em dias diferenciados, no shopping juntamente com a família. O veículo ainda com a placa adulterada que foi furtada dentro desse mesmo shopping. As imagens demonstram que ele praticara outros crimes como furto de veículo e a adulteração de sinais identificadores de veículo. Outros dois crimes além do homicídio”, explica.
Na última segunda-feira, 7, a Polícia Militar conseguiu efetuar a prisão do autor dos disparos. “Através de informações foi possível chegar a duas pistolas 380 que estavam em poder do autor e apreendê-las. As armas estão ligadas ao crime”, explica Rolli. As armas encontradas estão apreendidas e são de origem particular. Uma das armas pertence a um policial militar e foi furtada no dia 30 de setembro de 2011 de dentro do veículo do policial. A outra pertence a um ex-agente penitenciário que está preso desde 2017 após uma ação realizada em Juiz de Fora pelo Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), pela Polícia Militar e do Sistema Prisional.Ele foi condenado, no último dia 3 de dezembro, a 21 anos de prisão. O delegado ainda disse que o ex-agente penitenciário informou que a arma, a princípio, estaria em reparos.“Não há identificação de qual fora a justificativa dele para essa arma estar em seu poder.Encontramos, infelizmente, com a criminalidade”, comenta. Rolli ainda informou que o autor confessou o crime. “Após a prisão do autor nós conseguimos ouvi-lo e ele confessa a prática do crime alegando uma desavença pessoal. Contudo, a nossa investigação leva ao tráfico de drogas, uma vez que a vítima já tinha envolvimento e nós sabemos do envolvimento do autor em outras situações na região”, disse.
O autor está preso desde o dia 7. O co-autor do crime foi indiciado. O inquérito está em andamento. A Polícia Civil suspeita que mais pessoas estejam envolvidas.
HOMICÍDIO OCORRIDO NA NOITE DE NATAL
Além do caso ocorrido no bairro Juscelino Kubitschek, a Polícia Civil também esclareceu detalhes sobre o homicídio que ocorreu no último dia 25 de dezembro. O crime que resultou na morte de D.S.R., 35 anos, aconteceu por volta de 1h30, no bairro Granjas Betânia, região Nordeste de Juiz de Fora.
De acordo com as informações apresentadas, o suspeito do crime é um colega da vítima, 18 anos, e foi reconhecido por testemunhas. Eles eram conhecidos há, pelo menos, quatro anos, como aponta as investigações. Em depoimento, explicou Rolli, o suspeito confessa o crime e alega que a morte da vítima ocorreu após uma “desavença momentânea”, após o autor ser agredido e revidar.
As apurações da Delegacia Especializada de Homicídios apontam que o crime teria ocorrido após desentendimento em relação ao uso de drogas e, posteriormente, D.S.R.foi esfaqueado. A arma do crime não foi identificada e o autor segue em liberdade. O delegado Rodrigo Rolli explica que não foi pedido a prisão do autor por não haver envolvimento com criminalidade secundária. “Não existe qualquer envolvimento com criminalidade secundária em torno do crime. É um fato isolado, momentâneo, uma desavença pessoal entre eles. Eram até conhecidos há mais de quatro anos.Por não estar ligado a criminalidade, ao tráfico ou a qualquer outro tipo de crime que gerou o homicídio, e também por ele não ter antecedentes, a gente não vê a necessidade de prisão neste primeiro momento. Se o judiciário posteriormente decidir, iremos cumprir o mandado contra ele”, explica o titular da Delegacia.
Agora, Polícia Civil deverá encaminhar à Justiça o inquérito. O autor será indiciado por homicídio qualificado, por motivo fútil e por dificultar a resistência da vítima.