“Corredor Cultural” começa nesta sexta-feira celebrando o aniversário de 40 anos da Funalfa

Faltam poucas horas para o início do “Corredor Cultural”, que vai promover a ocupação da cidade com arte e cultura. Serão 75 eventos, somando mais de cem atrações, em todas as regiões de Juiz de Fora, de sexta-feira, 14,  a domingo, 16. A abertura da maratona coincide com a data em que a Fundação Cultural “Alfredo Ferreira Lage” (Funalfa) completa 40 anos. Primeira fundação cultural de Minas responsável pela gestão cultural de um município, a Funalfa foi regulamentada em 14 de dezembro de 1978.

Reafirmando o caráter de pluralidade, o “Corredor Cultural” oferece atrações nos segmentos de teatro, circo, dança, música, games, cinema, música, literatura, performances, mágica, moda, gastronomia, contação de histórias, batalha poética, discotecagem e artes visuais. Todas as atividades são gratuitas, e as ações acontecem em 32 espaços, incluindo centros culturais, museus, campo de futebol, praças, ruas e galerias. A proposta é incentivar a população a circular pelos bairros para curtir as atrações.

O “Corredor Cultural 2018” é a primeira parceria público-privada da Funalfa. Sua realização foi viabilizada com apoio da Unimed Juiz de Fora, que atendeu ao “Edital de Chamamento Público para Captação de Patrocínio”. O patrocínio se deu por meio da Lei Rouanet.

Paço Municipal

Em sua décima edição, o “Corredor Cultural” também comemora os cem anos do Paço Municipal, sede da Funalfa, um dos imóveis mais representativos da arquitetura e da história da cidade. O prédio foi construído com base em projeto de Rafael Arcuri, da Companhia Pantaleone Arcuri & Spinelli, por ordem do agente executivo (cargo equivalente ao de prefeito) José Procópio Teixeira.

Aos 93 anos, o empresário Maurício Teixeira, neto de José Procópio, é hoje o descendente mais próximo. “Meu avô acompanhou pessoalmente a construção, e muitos detalhes do imóvel se concretizaram por influência pessoal dele, embora não fosse engenheiro. Ele sempre foi um homem preocupado com a modernização da vida na cidade e visitava a obra a cavalo”.

Representante do Instituto Histórico e Geográfico de Juiz de Fora no Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Cultural (Comppac), o jornalista Wilson Cid observa que, ao valor arquitetônico do imóvel, soma-se o fato de ele ter sido cenário de vários acontecimentos políticos. Segundo ele, são muitas as curiosidades que rondam essa história centenária. Em maio de 1963, o então presidente João Goulart passou pelo Parque Halfeld e elogiou a beleza da construção. Ainda entre os presidentes que se encantaram com a arquitetura do imóvel está Juscelino Kubitschek.

A banca de jornais “Pioneira”, que começou a funcionar nove anos depois da inauguração do Paço, é uma das mais antigas vizinhas do prédio histórico, juntamente com o Palácio Barbosa Lima, sede da Câmara Municipal. Sempre administrada pela família Caruso, a banca tem como atual proprietário Júlio Caruso que, no ano passado, ao comemorar os 90 anos do empreendimento, acentuou o orgulho da família de fazer parte de uma paisagem tão importante para a cidade.




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