O SER HUMANO NÃO É ANIMAL

Dra.Jane Aragão

Como acontece todos os domingos, estamos divulgando mais mensagens que foram compiladas do livro “Ensinamento da Verdade para Jovens Vol. 2”, do grande mestre Masaharu Taniguchi. O leitor deve ler com atenção e tirar suas próprias conclusões.

 

O ser humano não é como animais selvagens, não é uma criatura que vive sem ideal nem objetivo e morre após um determinado período de permanência na Terra. Os animais vivem à mercê do instinto, caçando quando têm  que comer, acasalando-se na época do cio, e basta-lhes ter saúde para não sentir tristeza nem sofrimento. Mas o ser humano é diferente deles. Ele possui uma missão a cumprir na Terra e, enquanto não cumprir essa missão, será acometido por uma sensação de vazio. Por que sente isso? Porque ele intui que não está manifestando a sua verdadeira natureza. Manifestar a sua natureza verdadeira – esta é a missão do homem.

 

Em que consiste a missão do homem?

A missão, neste contexto, é aquela atribuida por Deus a toda a humanidade. Difere da missão que cabe a certas pessoas, a de manifestar seus dons em respectivas áreas (artística, religiosa etc.), pois se trata da missão inerente a todo ser humano: viver dignamente, ouvindo a voz da cousciência.

Após a Segunda Guerra Mundial, passamos a ouvir frequentemente a respeito de “direitos humanos fundamentais”. Penso que os direitos do homem não se devem restringir apenas ao acesso a bens materiais; devem abranger também o direito e o dever de cumprir a missão essencial do ser humano. Não basta questionar “como o homem pode desfrutar conforto material”; é preciso saber em que consiste viver dignamente, no tocante à atitude mental e à conduta.

 

As normas de conduta e de postura mental do ser humano

Pensar e agir de acordo com a dignidade humana nisto consiste a missão básica do homem e o meio de provar que é diferente dos animais.

Como um ser biológico, o homem possui instintos naturais como o apetite e o desejo sexual. Mas possui atributos peculiares, que são o raciocínio e a consciência, que controlam seus atos. Essa é uma faculdade concedida apenas ao ser humano.

Cada ser humano deve viver sua missão, em conformidade com o lugar, a época e a sua posição; isto é, cada qual deve viver no cumprimento de suas obrigações come integrante de uma nação e de uma sociedade, como marido ou como mulher, como pai ou corno mãe, como filho, como mestre, como aluno, enfim, viver conscientemente o seu papel na sociedade, de acordo com a época e o local.

Como um ser social. Na vida prática, não adianta ficar simplesmente teorizando de modo abstrato questões como igualdade humana.

 

A relação entre o modo de viver e a visão do mundo

O modo de viver depende da visão que a pessoa tem do mundo; em outras palavras, os pensamentos e as ações de uma pessoa são determinados pela sua visão do mundo.

A visão de que este mundo é feito de matéria e funciona mecanicamente é denominada materialismo. A matéria não tem vontade própria, funciona mecanicamente e evolui através de reações químico-fisicas. Portanto, a ideia de que este mundo é feito de matéria induz à conclusão de que o destino do homem também é regido pela lei mecânica da matéria, e, portanto, o ser humano não é livre.

 

No mundo regido pelo materialismo não existe ideal nem moral

A matéria por si só não obedece a doutrinas morais de conduta nem possui ideais. Por conseguinte, no mundo onde prevalece o materialismo não há ideal nem moral. Não podemos afirmar, por exemplo, que a água, formada por duas moléculas de hidrogênio e uma de oxigênio (H2O), seja mais pura e fiel, nem que a água oxigenada (H2O2) seja impura e infiel. Como se vê, no mundo estritamente materialista não pode existir algo como moral ou ideal.

 

Pra que a matéria encerra em si a contradição dialética?

A matéria não possui liberdade de escolha. Se juntarmos duas moléculas de hidrogênio com uma de oxigênio, fatalmente resultará em água (H2O). Onde não há liberdade, não pode haver ideal nem moral. Mesmo que o hidrogênio e o oxigênio tivessem o ideal de se transformar em ouro ou prata (o que é impossível), jamais conseguiriam. Portanto, o rnaterialismo acaba caindo no determinismo.

Dizem que o materialismo, dialético não seria simples mecanicismo, uma vez que afirma que a matéria evolui dialeticarnente (por oposições, pela união racional dos contrários). Porém notamos uma incoerência nessa afirmação, pois a matéria evolui desse modo justamente porque por trás dela, ou melhor, em seu âmago, em seu interior, está latente o ideal da perfeição, a natureza perfeita, superior ao estágio presente..

 




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