Terceirização de funcionários da Cesama é tema de audiência pública

A situação dos trabalhadores da Companhia de Saneamento Municipal (Cesama) foi tema de audiência pública nesta quarta-feira, 5. O proponente da ação, vereador Betão (PT), disse que a motivação para a audiência surgiu após relatos do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço de Água de Juiz de Fora (Sinagua-JF) que utilizou a Tribuna Livre para relatar a terceirização de diversos setores da companhia.

Segundo Betão, o que está acontecendo no órgão é reflexo da Reforma Trabalhista, que tem como carro chefe processo de terceirização irrestrita. “Funcionários de mais de 30 anos que ajudaram a companhia a crescer estão modificando as funções. A terceirização está sendo feita de forma bruta, sem conversa e na marra. Esperava ver terceirização somente para as áreas que não tivesse assistência ainda”, declarou o presidente do Sinagua, Edivaldo Ramos.

Desde 2007 não há concursos. Com isso, ajudante e operadores estão dobrando serviço para poder atender a demanda. Edivaldo esclareceu que a previsão é de que 26 funcionários terceirizados sejam chamados, com custo de aproximadamente de R$ 1 milhão por ano. “É humilhante a pessoa ser tirada do cargo sem esclarecimentos. A terceirização é até aceitável, apesar do sindicato não concordar. Mas não da forma como está sendo conduzida. Nós temos quatro diretores que não nos ajudam, que não querem discutir”, frisou.

Além de não concordarem com as atuais condições de trabalho, o presidente do sindicato também relatou as más condições de trabalho e infraestrutura que a companhia se encontra.

“É importante ressaltar que a Cesama, desde junho deste ano, obedece um estatuto que segue as regras para as empresas estatais. Além de ter um conselho que participa das decisões da companhia. A política de terceirização que está ocorrendo é sem perda de nenhum emprego. E isto vai ser cumprido, sem dúvida nenhuma. Quando a gente desloca esses servidores, tem limite previsto por lei de prazo para que eles desempenhem outros cargos. Esses terceirizados vão atuar nessas áreas”, relatou o Diretor-Presidente da Cesama, André Borges.

André afirmou ainda que “a companhia passou por um processo de mudança muito grande de 2007 até hoje. Tivemos a implementação de leis, além de conselhos que impede de realizar essas alterações solicitadas pelos servidores”. Ele ainda relatou que a decisão de terceirização passou por estudo técnico e foi aprovada pela diretoria e pelo conselho da empresa.

Betão destacou a falta de diálogo entre conselho e trabalhadores e sugeriu continuar as negociações entre conselho, trabalhadores e diretoria, para melhorar essa relação.

Fonte: Assessoria




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