Novembro será dedicado às artes visuais, com a realização do Festival de Fotografia de Juiz de Fora, promovido pelo coletivo JF Fotográfico, com apoio de Pró-reitoria de Cultura da UFJF, Museu de Arte Murilo Mendes (MAMM) e Prefeitura Municipal/Funalfa, entre outras instituições. A partir de quarta-feira, dia 21, e até 22 de dezembro, serão oferecidas nove mostras, todas com visitação gratuita, além de debates e duas oficinas. O evento mobiliza mais de 90 fotógrafos locais e de outras cidades, como Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Guarani, entre outros.
A proposta é celebrar a fotografia, ampliar a visibilidade dessa linguagem artística e promover o diálogo dos profissionais com o público e com o que é produzido em outras partes do país e do mundo. Segundo o fotógrafo Sérgio Neumann, um dos produtores executivos, o Festival de Fotografia de Juiz de Fora é resultado de uma mobilização para ocupar o espaço deixado pelo JF Foto, que não terá edição em 2018. “Era preciso não perder a sequência desses eventos, que são importantes como resgate e registro histórico. A proposta cresceu muito e tivemos muitos apoios”, afirma Neumann.
O Festival é mais uma ação desenvolvida pelo JF Fotográfico, que teve início há apenas cinco meses como um coletivo virtual e já é conhecido pela realização do Varal Fotográfico, que acontece na Praça Armando Toschi (Ministrinho), sempre no terceiro sábado do mês, e que chegou à sua quinta edição no último dia 17 como uma prévia do Festival. “O alcance foi grande. Recebemos convites de outras cidades e hoje temos mais de 300 fotógrafos no grupo”, relata Sérgio Neumann, lembrando que o coletivo ainda quer promover iniciativas junto a escolas, periferias e popularizar a fotografia, ocupando a cidade com essa arte.
Para a fotógrafa Nina Mello, responsável pela exposição coletiva A fotografia em Diálogo com seu Tempo, que integra o Festival e poderá ser vista na Galeria Celina Bracher do Centro Cultural Bernardo Mascarenhas (CCBM), o evento é uma oportunidade de troca de informação, conhecimento e diálogo, muito necessários em tempos de reflexão como o atual: “A fotografia contemporânea é especial porque é uma arte viva, feita no olho do furacão”, ressalta Nina Mello, que mediará uma roda de conversa sobre o tema na abertura do Festival, dia 21, às 18h, com Ana Rodrigues (Rio), Julia Milward (JF) e Simone Rodrigues (Rio).
Oficinas
A programação do festival é aberta a todos os que se interessam por arte e cultura. Além das mostras – oito no Centro Cultural Bernardo Mascarenhas (CCBM) e uma no Museu Ferroviário –, serão realizados debates e oficinas. A Oficina de Papel Salgado, ministrado pela professora Bárbara Almeida (UFJF), acontece no Museu de Arte Murilo Mendes (MAMM). O investimento será de R$50, com a emissão de certificados para os participantes. São ofertadas apenas dez vagas, e as inscrições podem ser feitas no Setor de Expediente da Funalfa (Avenida Rio Branco 2.234 – Centro), das 9h às 17 horas.
Já a Oficina Fotografia, Periferia e Memória, com Dante Gastaldoni (UFRJ/ECO – Rio) será gratuita e também assegura certificado aos participantes. Para garantir uma das 25 vagas, é preciso formalizar inscrição no Setor de Expediente da Funalfa ou na Escola Municipal Santa Cândida (Rua Jorge Raimundo 531 – bairro Santa Cândida), onde a oficina será realizada.
Fonte: Assessoria