Consumidor deve ficar atento na hora das compras durante a Black Friday

Os comerciantes se preparam para a Black Friday que acontecerá na próxima sexta-feira,23.Nesta data, lojas de todo país oferecem grandes descontos nos produtos como forma de incentivar as vendas do final de ano.

A Black Friday chegou ao Brasil em 2011 e ano após ano vem crescendo exponencialmente, batendo recorde de vendas. Diferentemente dos Estados Unidos, local de origem, a Black Friday começou no país como um evento exclusivamente online e que passou para o varejo físico e atualmente atinge desde o pequeno até o grande varejista.

As promoções oferecidas durante a Black Friday deste ano devem gerar cerca de R$ 3,27 bilhões em vendas, como aponta os dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Se a previsão se confirmar, o aumento será de 2,2% em relação às vendas da mesma data no ano passado, já descontada a inflação. De acordo com a ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico), estima-se que o brasileiro gaste cerca de R$2,87 bilhões em compras online durante a Black Friday. Dados do Google Trends apontam que a busca pela palavra-chave “Black Friday” aumentou 27% entre 2015 e 2017.Entre os estados que mais demonstraram interesse nessa busca foram: São Paulo, Distrito Federal, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Santa Catarina, consecutivamente. Durante a Black Friday, no que se refere aos dados de navegação, as buscas no Google Ads evidenciam um aumento de 14% no uso do mobile para compras online.

Mas nãosão apenas os comerciantes que devem se preparar para a data, consumidores também devem ficar atentos para não cair em ciladas. Todos os anos, os órgãos de segurança ao consumidor registram fraudes em promoções e empresas falsas que oferecem grandes descontos ou fretes gratuitos.Por este motivo, é preciso ficar atento para que as compras não causem problemas. De acordo com o superintendente da Agência de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) de Juiz de Fora, Eduardo Schroder, o primeiro passo para o dia de compras na Black Friday é fazer um planejamento e verificar o que cabe no orçamento. “Se conter dentro de sua própria carteira. Natal está chegando e as contas do início do ano também”, orienta.

Evitar consumir por impulso é uma das dicas principais oferecidas pelo Procon. O superintendente aponta que o consumidor deve fazer uma pesquisa comparativa de preços dos itens que pretende comprar. Além disso, estar sempre atento a esses valores, pois existem empresas que maquiam os preços para que o produto pareça estar mais barato.Visitar sites e lojas com antecedência é importante para evitar cair em alguma fraude. “O que a gente aconselha é que aqueles que pretendem comprar agora na Black Friday em lojas físicas já estejam pesquisando os preços dos produtos há pelo menos seis meses para saber se não será uma ‘black fraude’. Além disso, para as compras na internet existem sites que fazem a busca de preço e informam a performance dos preços de determinado produto até os últimos seis meses”, disse. Ele reforça que os consumidores devem ficar atentos aos preços, às práticas enganosas durante a data e observar todos os detalhes. “É importante que o consumidor saiba todos os detalhes, por exemplo, se ele está ou não sendo cobrado pelo frete porque às vezes o preço do produto abaixa, mas o frete fica bem mais caro”.

Outra dica importante é para as compras online.O superintendente reforça que é importante que o consumidor certifique de que o site onde pretende realizar a compra seja confiável. Para isso é preciso ficar atento aos mecanismos que podem fiscalizar a idoneidade do portal.Schroder destaca alguns pontos como, antes de finalizar a compra, o consumidor deve ter certeza de que a empresa realmente existe, verificando se possui endereço físico e canal de relacionamento com o consumidor.“Indicamos sempre procurar sites já renomados e ficar atentos se no portal constam informações como a razão social da empresa, CNPJ, endereço físico e telefone para contato porque em um eventual problema o consumidor precisará desses dados”, explica.

De acordo com a ABComm, estima-se que o brasileiro gaste cerca de R$2,87 bilhões em compras online durante a Black Friday. Foto: Rafaela Frutuoso

Além disso, é possível acessar o histórico de reclamações dessa empresa nos órgãos de defesa do consumidor, como o Sedecon, Serviço de Defesa do Consumidor da Câmara Municipal, e no site consumidor.gov.br, do Ministério da Justiça, para verificar a reputação da loja virtual. Outra dica para as compras na internet é, ao acessar o endereço eletrônico, verificar se aparece um cadeado fechado no canto inferior do site. Caso esteja visível, é provável que a loja seja segura.O superintendente aconselha que os consumidores redobrem a atenção para os sites que aceitam somente pagamento via boleto. “Verificar a quem está endereçado aquele pagamento porque se o site for falso e remeter o consumidor a outro pop-up que abra um boleto, pode ser que esse valor vá para uma conta de pessoa física”, explica. O pagamento via boleto, além de não passar pela verificação da administradora do cartão, caso haja fraude, o consumidor não vai conseguir reaver o valor pago.

Além de todas as dicas,os adeptos da compra online que tiverem dúvidas de quais sites devem ou não ser visitados, podem consultar a lista do Procon-SP, com cerca de 500 sites que devem ser evitados.

Outro cuidado importante é com promoções enviadas via e-mail. Antes de clicar, o consumidor deve direcionar atenção ao remetente, já que os ataques de phishing, crime onde o consumidor é convencido a revelar informações pessoais, como senhas e dados de cartão de crédito, CPF e número de contas bancárias, tendem a enganar o internauta, utilizando e-mails inexistentes e sites que parecem ser originais, mas não têm relação com a empresa apresentada na suposta oferta.

Caso o consumidor note alguma irregularidade “ele pode denunciar ao Procon.Nós estaremos com três equipes disponíveis atuando diretamente no mercado local e através da internet para verificar qualquer tipo de fraude para tentar antecipar ou evitar esse tipo de atitude lesiva ao consumidor”, disse Schroder.




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