Juiz de Fora registrou melhora em três dos quatro indicadores estaduais da Rede Cegonha – programa de assistência à mulher gestante, do pré-natal ao pós-parto (puerpério), cobrindo até os dois primeiros anos de vida da criança. A melhora dos percentuais aponta para melhoria do cuidado com a saúde da mulher no município. A comparação foi feita entre o primeiro e o segundo quadrimestre deste ano.
O primeiro indicador analisado foi a “Proporção de gestantes com acompanhantes de livre escolha durante internação para realização do parto”, que significa que a mãe teve garantido o direito a escolher quem a acompanhou durante e após o parto, com melhoria de 93,79% para 95,68%.
O segundo indicador é a “Proporção de recém-nascidos com 37 semanas ou mais de gestação com Apgar de quinto minuto menor ou igual a sete”, que é a avaliação que os bebês recebem após o nascimento. Quando a instituição tem mais do que 2% do total desses recém-nascidos, essa instituição não atingiu a meta. Neste quesito, temos um percentual de 1,12%, contra 1,09% no primeiro quadrimestre.
A terceira melhora é na taxa de cesárea, que caiu de 40,4% para 37,74%. A meta é que as maternidades “Tipo 1” realizem menos que 30% de cesarianas, e as do “Tipo 2 ”, menos que 35%. Estas metas são pré-determinadas pelo Ministério da Saúde e estão em consonância com a Organização Mundial de Saúde.
O resultado positivo desses indicadores garante a permanência do programa na cidade. Juiz de Fora foi escolhida em Minas Gerais para receber incentivo financeiro do Governo federal e do estado para implantação, monitoramento e ampliação da assistência obstétrica e neonatal no componente 2 da Rede Cegonha, que abrange toda a estrutura de assistência ao parto e nascimento. Atualmente, são contemplados com o serviço: Hospital e Maternidade Therezinha de Jesus, Santa Casa de Misericórdia e Hospital Regional Doutor João Penido.
Taxa de mortalidade infantil
Segundo estatísticas do Departamento de Vigilância Epidemiológica e Ambiental (DVEA), em Juiz de Fora, a razão de mortalidade materna caiu de 94, em 2016, para 30,35, em 2017. Já o índice de mortalidade infantil, baixou de 12.10 para 10.32, o menor índice desde 2000. A queda da mortalidade materna é mais um dado que aponta que a saúde da gestante e do bebê não tem sido negligenciada. Estes indicadores são muito sensíveis e dizem muito sobre a qualidade assistencial de uma população.
Grupo condutor
Para garantir que o serviço seja realizado de forma eficaz, Juiz de Fora criou o Grupo Condutor Municipal da Rede Cegonha, que analisa, nas maternidades, cada componente, de acordo com suas áreas de atuação, cobrando um plano de ações das instituições que não atingirem a meta estabelecida.
Para a enfermeira obstetra Andréa Dias Kingma Lanziotti, referência técnica municipal da Rede Cegonha, “através do Grupo Condutor, temos ampliado a discussão em várias esferas, bem como mantido uma interface muito próxima com as maternidades do município que compõem o programa.”
Fonte: PJF