Aumento do etanol tem peso no bolso de quem precisa do carro para trabalhar

O aumento do etanol hidratado, em 18 estados brasileiros e do Distrito Federal, fez com que motoristas particulares, taxistas e entregadores repensassem na forma mais vantajosa para seguirem com os seus negócios. Segundo o levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), houve uma alta de 1,27% no preço do combustível na última semana em relação a setembro.

Em Minas Gerais, nos 585 postos analisados, o preço médio do etanol ao consumidor na segunda semana de setembro (entre 9 e 15 de setembro) era de R$2,970. Já na primeira semana de outubro, o valor era de R$3,007.

Juiz de Fora também apresentou um aumento significativo, passando o preço médio a custar de R$2,802 para R$2,916. Foram analisados 13 postos na cidade.O valor mais baixo registrado foi R$2,839 e o mais caro está custando R$3,090.

Para o gerente do Posto Romualdo Ltda. (Esquina da Rua Romualdo com a Avenida Rio Branco, região central), LuisBalbi, o aumento ainda não interferiu nas vendas, mantendo-se normal o consumo do álcool, custando metade do preço da gasolina. Quanto à estratégia, o gerente pontua que o posto sempre faz uma comparação de preço com os outros lugares, oferecendo aos clientes vantagens na hora da compra. “Nós, atualmente, trabalhamos com cartão, fazendo o mesmo valor de à vista, além disso, apesar do aumento, o álcool continua sendo mais vantajoso e procurado, por conta do preço”, disse Balbi.

A diferença no bolso

Para o motorista de aplicativo, Patrick Bastos, este pequeno aumento fez uma grande diferença. Segundo ele, a diferença foi de R$10 a R$15 por dia para mais do que costumava gastar. “Na verdade, não tem muito que possamos fazer para economizar. Como nós trabalhamos de acordo com o destino do passageiro, não têm muitas estratégias, como, por exemplo, pegar atalho, até porque a gente está ‘refém’ do que o passageiro quer que a gente faça”, destacou Bastos.

Ainda de acordo com o motorista, que apenas possui este trabalho, parte do lucro vai para a compra do combustível. “No meu caso, o meu carro que faz por volta de 8Km por litro no álcool, se o meu lucro for R$300, R$100 é gasto só com o abastecimento do automóvel”, disse.

Assim como Bastos, Renan Lana Gonçalves, taxista de Juiz de Fora, também já sentiu a diferença no bolso. Para o motorista que trabalha em torno de 12ha 14h por dia, e gastava R$40, agora está pagando R$60. “Quando o combustível está mais barato, a gente consegue buscar passageiro até mais longe para conseguir mais lucro no final do dia. Agora, quando o preço aumenta, a gente começa a segurar os carros mais nos pontos como forma de estratégia de ter menos gastos”, pontuou Gonçalves.




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