O Museu Ferroviário de Juiz de Fora funciona desde 2003 na sede da antiga Estrada de Ferro Leopoldina e tem como objetivo registrar, preservar e expor a história da ferrovia, demonstrando sua relação com a memória de Juiz de Fora e também com a da região. Após passar por manutenção, o acervo do Museu foi reaberto para visitação na última segunda-feira, 8.
Em comemoração aos 15 anos, durante o mês de agosto, o Museu passou por uma reforma interna com o intuito de melhorar e de modernizar as instalações e sua identidade visual. De acordo com o Coordenador do Museu Ferroviário de Juiz de Fora, Luiz Fernando Priamo, as reformas fazem parte da estratégia da coordenação de aproximar o patrimônio cultural do público, tornando-o mais didático.As salas foram reformadas e receberam pintura nova para melhor adequação do Museu às necessidades dos visitantes. Todas as peças foram avaliadas por especialistas e àquelas que precisavam de limpeza e de restauração passaram por esses processos.“Além das estruturas físicas, fizemos também o plano museológico que, até então, não existia. Nós também estamos iniciando as atividades do setor educativo do museu, porque recebemos bolsistas da UFJF. Tudo isso foi feito por conta dos 15 anos, mas de uma maneira a alavancar o funcionamento do espaço”, disse.
O acervo do Museu Ferroviário, disposto de forma didática em vitrines e ambientes cenográficos, é constituído por mais de 400 peças, incluindo mobiliário, instrumentos de trabalho e de comunicação, livros técnicos, fotografias, equipamentos científicos, louças, miniaturas. Segundo o Coordenador, a parte não exposta, que inclui arquivos audiovisuais e documentais, somados ao acervo exposto, ultrapassa 1.100 peças. Na área externa do Museu, há duas locomotivas a vapor originais. Este patrimônio cultural aborda as origens e a evolução da ferrovia, bem como seu impacto nos aspectos sociais e econômicos a partir do século XIX, no Brasil e em Juiz de Fora. As peças estão dispostas em cinco salas temáticas: História da Ferrovia, Agência de Estação, Sinalização e Via Permanente, Escritórios Ferroviários e Material Rodante e Aspectos Tecnológicos. “O museu é crucial para entendermos a nossa memória e o que temos hoje em dia”, afirma Priamo.
Além das salas expositivas,essa instituição possui anfiteatro, salas de multimeios e plataforma que atuam como núcleo de formação e agregam ações culturais promovidas pelo próprio museu e por artistas e grupos culturais.Conforme Priamo, a quantidade de visitantes foi de dois mil, no ano de 2016, para dez mil, em 2017. “A ideia é aumentar esse número”, disseo coordenador
O Museu é administrado pela Prefeitura de Juiz de Fora por ordem do convênio 08/2005, celebrado entre a RFFSA – extinta e aFunalfa, Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage, que se compromete a utilizar o prédio em caráter exclusivamente cultural, educacional ou turístico.
15 ANOS DO MUSEU FERROVIÁRIO
As atividades foram retomadas e contam com uma programação especial para o público infantil até quinta-feira, 11. Entre as atividades previstas nesta semana do Dia das Crianças, estão incluídas visita guiada voltada para assistidos do Instituto de Mediação Psicologia e Pesquisa (Imepp) e crianças inscritas no projeto “Patrulhinha da Memória”. Além disso, a Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Juiz de Fora, em parceria com a Sociedade Beneficente Mão Amiga, organizará uma festa para comemorar o Dia das Crianças.
O acervo do Museu Ferroviário fica aberto à visitação gratuita de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h. Nos fins de semana, o funcionamento varia conforme a programação, que é informada previamente por meio do portal da Prefeitura de Juiz de Fora e nas redes sociais do Museu Ferroviário e da Funalfa.