Cuidado com a saúde dos olhos deve receber atenção especial dos diabéticos

Os dados do Ministério da Saúde apontam que entre 2006 e 2016, o número de brasileiros com diabetes aumentou 61,8%. Com isso, a doença, que antes atingia 5,5% da população, agora atinge 8,9% de pessoas. Entre as mulheres, o índice é de 9,9% e os homens somam 7,8%. Os dados foram fornecidos através da Pesquisa de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel).

Profissionais ressaltam que pessoas diabéticas devem ter uma atenção especial com a saúde dos olhos uma vez que as altas concentrações de glicose no sangue podem levar a diversas doenças oculares.A pessoa que gerencia bem a taxa de glicemia, provavelmente apresenta problemas oculares de menor gravidade ou nem apresente. Luciano Arantes, Oftalmologista, explica que no início a pessoa não apresenta sintomas desses problemas. “É uma coisa que vai afetando o olho com o passar dos anos. A princípio a pessoa nota alguns sinais, mas quando se tem alterações de fundo de olho, pequenas hemorragias na retina, não tem muito sintoma. É um tipo de cegueira sintomática no início e se não tratada adequadamente desde o início, pode levar a cegueira pela retinopatia diabética”, explica.

A ‘Retinopatia Diabética’ é uma doença que afeta os pequenos vasos da retina e está relacionada ao tempo de doença do paciente e ao controle do perfil metabólico.“Todo paciente diagnosticado ou fazendo tratamento da diabetes tem que fazer uma prevenção da visão”, afirma o oftalmologista.Além disso, Arantes afirma que a diabetes pode ocasionar em glaucoma e catarata. Ele ainda esclarece que esses problemas podem serdescobertos com exames período oftalmológicos, o ‘fundo de olho’. “Quem já tem histórico familiar de diabetes, pessoas hipertensas, precisam fazer o exame anual periódico oftalmológico”, conclui.

TRATAMENTOS

De acordo com o Ministério da Saúde, o Sistema Único de Saúde (SUS), oferece atenção integral e gratuita contra a doença, com ações de prevenção, detecção, controle e tratamento medicamentoso.

A Associação dos Diabéticos de Juiz de Fora (ADJF), entidade filantrópica privada e sem fins lucrativos, oferece suporte para pessoas de baixa renda, com consultas médicas e exames com preços acessíveis.

De acordo com Luiz Oscar, diretor e coordenador do Programa de Prevenção a Cegueira Diabética da ADJF, para obter atendimento da instituição é preciso ser sócio. “Após pessoa passar por uma entrevista para aferir a sua renda e ela é enquadrada em uma faixa de mensalidade e custos”. O preço das mensalidades, das consultas e exames varia de acordo com a classe econômica do paciente. “É tudo muito barato para atender a população que às vezes não consegue usar o SUS e não pode usar o particular”. Ainda segundo Oscar, entidade atende aproximadamente 2.500 pacientes. Por dia,

em média, 100 pessoas são atendidas pela Associação dos Diabéticos de Juiz de Fora.




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