De acordo com o Boletim Epidemiológico de Monitoramento dos casos de Dengue, Chikungunya e Zika Vírus divulgado no último mês de abril, pela Secretaria de Saúde do Estado de Minas Gerais, foram registrados 23.094 casos prováveis (casos confirmados + suspeitos) de Dengue. Destes casos, sete mortes foram confirmadas por Dengue nos municípios de Arcos, Conceição do Pará, Contagem, Ituiutaba, Lagoa da Prata, Moema e Uberaba. Outros nove casos de morte pela doença ainda estão em investigação.
Em relação à Febre Chikungunya, o Estado registrou 10.404 casos prováveis da doença, concentrados na região do Vale do Aço. Até o fechamento do boletim, apenas uma morte por Chikungunya, que aconteceu no município de Coronel Fabriciano, foi confirmada. Outra morte está em investigação. Com relação à Zika, foram registrados em Minas Gerais 201 casos prováveis da doença em 2018.
EM JUIZ DE FORA
O Levantamento do Índice Rápido do Aedes Aegypti (LIRAa) divulgado em abril deste ano, notificou “estado de alerta” para Juiz de Fora apontando 3,74% de infestação. De acordo com o Ministério da Saúde, somente índice igual ou superior a 4% é classificado como risco de surto.
De acordo com as informações, foram 85 notificações de Dengue, com 23 casos confirmados. Nenhuma morte foi confirmada. A Chikungunya teve 18 notificações, com três confirmações. Já a Zika apresentou seis notificações, com a confirmação de um caso.O próximo LIRAa deverá ser divulgado em setembro pela pasta.
A Secretaria de Saúde considerou baixo o número de notificações de doenças em relação aos anos epidêmicos de 2013 e 2016. As baixas temperaturas do inverno e a diminuição da chuva neste período ajudaram a reduzir a proliferação do mosquito Aedes Aegypti, o responsável por transmitir doenças como a Dengue, Zika e a Chikungunya. O cenário traz uma sensação de tranquilidade para a população, mas é preciso ficar atento mesmo durante o inverno porque o mosquito é uma ameaça durante o ano inteiro.
De acordo com o gerente de campo do Departamento de Vigilância Epidemiológica e Ambiental, Juvenal Marques, a proliferação no período de inverno é menor porque há uma menor quantidade de infestação de mosquitos Aedes Aegypti.
“Neste período do inverno com menor índice de chuvas e menor temperatura,há uma diminuição na proliferação do Aedes Aegypti. Assim também diminui a quantidade de notificações de pessoas que apresentam sintomas das doenças. O frio inibi o crescimento do mosquito, que para se desenvolver precisa tanto de chuva, água, e também do calor”, afirma.
Mesmo diante deste período, Marques reforça que é importante a população continuar realizando os devidos cuidados. “No momento em que você faz seu dever de casa e tira 10 minutos do seu tempo para vistoria na sua residência. Fique atento aos locais com calhas de água que podem estar desniveladas, caixas d’água destampadas, vasos de planta, entulhos nas lajes ou quintais das casas. Elimine qualquer espaço para que a água fique parada”, afirmou.
O responsável pelo departamento aindaressaltou que tem acontecido muitas recusaspelos moradores em receber o agente capacitado para fiscalizar todas as residências da cidade.“Todos os nossos agentes são uniformizados, mas se ainda houver dúvidas por parte do morador, ele pode ligar para o número 3212-3070 que o agente será identificado”.