Secretaria de Saúde alerta sobre importância de manter vacinação contra o sarampo

Em 2016, o Brasil recebeu o certificado de eliminação da circulação do vírus do sarampo, pela Organização Mundial de Saúde (OMS), declarando a região das Américas livre da enfermidade. Porém, desde o início a ano, a incidência de casos da doença voltou a acontecer, principalmente na região norte do país. Em Juiz de Fora, segundo dados do Departamento de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da Secretaria de Saúde (SS), a cobertura vacinal do sarampo, feita por meio da vacina tríplice viral, é de 100% este ano, e a cidade não registra casos da doença há mais de uma década. Os números apontam que o município está no caminho certo, mas é necessário manter esse quadro.

Assim, agosto será dedicado à vacinação contra o sarampo, com campanha entre os dias 6 e 31, e “Dia D” no sábado, 18. A médica infectologista do departamento, Sônia Rodrigues, lembrou que a imunização é fundamental para a saúde coletiva, uma vez que evita a propagação do vírus: quanto mais pessoas vacinadas, menor a chance de surtos de doenças. “Por isso, precisamos pensar no coletivo. No que é melhor para a nossa população”, explicou.

Esquema vacinal

A vacina contra o sarampo, conhecida como tríplice viral, faz parte do “Calendário Nacional de Vacinação”, e está disponível durante o ano todo nas unidades básicas de Saúde (UBSs) e no Departamento de Saúde da Criança e do Adolescente (DSCA), na Rua São Sebastião, 772. São necessárias duas doses da vacina para a pessoa estar imunizada por toda a vida. Em crianças, a primeira dose é administrada aos 12 meses, e a segunda, aos 15. Para os adolescentes e adultos até 29 anos, duas doses, com intervalo de 30 dias entre as doses. Pessoas entre 30 e 49 anos tomam apenas uma dose. Quem não tiver em mãos o cartão vacinal, e não souber se já foi munizado, deve procurar a UBS de referência e explicar o caso.

Contraindicações

A vacina é contraindicada em registro de imunodeficiências congênitas ou adquiridas (clínica ou laboratorial grave), infecção pelo HIV em pessoas com taxas de CD4 (células do sistema imunológico) menor que 15%, gestantes e pessoas com alergia grave aos componentes da fórmula.

A doença

Infecção exantemática aguda, é perceptível através de manifestações cutâneas, ou seja, por cima da pele. É transmissível e extremamente contagiosa, podendo evoluir com complicações e óbitos, particularmente em crianças desnutridas e menores de um ano de idade. A transmissão ocorre entre pessoas, por meio de secreções respiratórias, no período de quatro a seis dias antes do aparecimento do exantema, até quatro dias após. Os cuidados são os mesmos para qualquer faixa etária, e quem já teve a doença está imunizado permanentemente. O Departamento de Vigilância Epidemiológica da SS, através do Setor de Doenças Transmissíveis (DVEA), orienta que febre, coriza, tosse, conjuntivite e exantema são casos suspeitos de sarampo, e as pessoas devem procurar atendimento médico.

Os profissionais de saúde também precisam ficar atentos para realizar o diagnóstico de forma correta e avisar o DVEA, durante a semana, pelo telefone 3690-7467, e nos finais de semana pelo plantão, no 98431-4053.

 

Fonte: Assessoria PJF




    Receba nossa Newsletter gratuitamente


    Digite a palavra e tecle Enter.