Um homem de 34 anos foi preso pela Polícia Civil (PC) pelo envolvimento do assassinato de um comerciante, 42 anos, de Três Rios (RJ). O cadáver foi encontrado com partes do corpo queimado em Caeté, zona Rural de Juiz de Juiz de Fora, no dia 23 de abril deste ano.

Segundo as informações do delegado Rodrigo Rolli, titular da Delegacia Especializada de Homicídios, o autor também era morador da mesma cidade e amigo de infância da vítima. O homem foi preso na última quinta-feira, 5, em Juiz de Fora e prestou depoimento nessa terça-feira, 10, confessando o assassinato.

Segundo as investigações, a motivação do crime se deu por conta de uma dívida de R$25 mil, devido a um acidente do autor com o carro da vítima, que teria pegado emprestado para um evento automobilístico na época. “O autor alega que a vítima é quem estava devendo R$25 mil, mas, de acordo com as investigações, é o contrário. “É o autor que estava devendo o dinheiro por conta de uma batida com o carro da vítima, em um evento automobilístico”, explicou o delegado.

Crime teria sido premeditado pelo autor que foi preso pela equipe de investigadores da delegacia especializada de Homicídios. Foto: Rafaela Frutuoso

Ainda de acordo com Rolli, o suspeito, que residia em Juiz de Fora, teria marcado de buscar a vítima na rodoviária da cidade, onde se encontrariam para fazerem os reparos no veículo que, de acordo com os familiares, era o único motivo para que o homem viesse para Juiz de Fora. “Ele saiu de Três Rios às 21h e desembarcou na rodoviária às 22h30, sendo registrado pelas câmaras de segurança entrando no carro do suposto autor em seguida. O seu último contato com os familiares foi às 22h44, pelo WhatsApp”, relatou Rolli.

“O autor afirma que foi uma ação momentânea, contudo, na própria investigação, nós conseguimos mostrar que o próprio autor levava dentro do carro, na rodoviária, um galão de gasolina na caçamba da caminhonete, justamente para praticar o crime. Ou seja, o crime foi premeditado e o corpo encontrado queimado às 6h da manhã no dia seguinte”, explicou.

O delegado ainda afirmou que os policiais só conseguiram encontrar o suspeito devido às câmaras de segurança da rodoviária que gravaram a placa do veículo que a vitima entrou ao chegar a Juiz de Fora, sendo vendido pelo suspeito para uma pessoa da cidade de Santos Dumont, no dia seguinte após o assassinato.

O homem está preso temporariamente e, ao fim do fechamento do inquérito, deve ser pedida a sua prisão preventiva. Ele foi indiciado por homicídio duplamente qualificado, podendo ser condenado de 12 a 30 anos de prisão.

 




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