A seleção brasileira masculina de vôlei segue entre as melhores equipes do mundo. Líder do ranking mundial e sempre presente nas retas finais dos campeonatos que disputa, o Brasil brigou pela medalha de bronze da primeira edição da Liga das Nações neste domingo, dia 8, mas acabou superado pelos Estados Unidos por 3 sets a 0 (21/25, 26/28 e 26/28). A Fase Final da competição aconteceu no estádio Pierre Mauroy, em Lille, na França.
O Brasil encerrou a participação na Liga das Nações na quarta colocação, com 11 vitórias e oito resultados negativos. Na fase classificatória, foram 10 vitórias e cinco derrotas. Classificado para a Fase Final entre os seis melhores times do mundo, o grupo brasileiro se juntou a França, Rússia, Estados Unidos, Sérvia e Polônia na cidade francesa. Acabou superado pelos donos da casa no primeiro jogo, por 3 a 2, e venceu a Sérvia por 3 a 0, classificando para a semifinal, onde perdeu para a Rússia.
Neste domingo, na busca pela medalha de bronze, a equipe verde e amarela não conseguiu o resultado positivo. Mesmo assim, o oposto Wallace foi o maior pontuador do jogo, com 15 acertos – todos de ataque. O central Lucão foi o segundo que mais pontuou pela seleção brasileira, com 12 (10 de ataque e dois de bloqueio).
O capitão Bruninho fez uma avaliação da participação da seleção brasileira na primeira edição da Liga das Nações, em especial neste domingo.
“A medalha era muito importante para todos nós e fica uma frustração. Eles foram melhores, mas nós queríamos muito essa medalha, que seria muito valiosa e honrosa pela competição e todas as dificuldades que tivemos, pouco tempo de trabalho. Hoje o voleibol está muito equilibrado. E nós precisamos trabalhar, treinar, e com a quantidade de viagens, ficou muito difícil. O resultado machuca. Sempre chegamos em finais, batendo na trave, ganhando, como nas Olimpíadas e na Copa dos Campeões, mas sempre chegando. E fica fora do pódio dói, mas estou orgulhoso do que esse grupo fez e demonstrou”, afirmou Bruninho.
O técnico Renan também comentou sobre o resultado. “Estar entre os quatro é importante sempre, mas queremos mais. Essa é a história do voleibol brasileiro. Infelizmente não deu, mas temos que evidenciar o espírito de guerra. Cometemos muitos erros que não se pode cometer, mas tentamos o tempo todo. Arriscamos em alguns momentos, principalmente no saque, mas era a forma que tínhamos de equilibrar o jogo”, disse o treinador brasileiro.
Segundo o líbero Thales, um dos destaques da seleção brasileira nesta Liga das Nações, o trabalho segue visando a próxima competição. “Esse está sendo meu segundo ano na seleção e sinto que evoluí do ano passado para cá. Tento ajudar da melhor maneira possível e acho que a linha de passe não comprometeu. Infelizmente não foi o resultado que queríamos, mas temos um bom tempo para treinar agora na preparação para o Mundial. Durante a Liga das Nações não tivemos esse tempo por causa das muitas viagens, e ainda sofremos com lesões”, analisou Thales.
O Campeonato Mundial será o próximo compromisso da seleção brasileira em 2018. A competição será realizada na Bulgária e na Itália, entre os dias 9 e 30 de setembro.
Na primeira fase do campeonato, em cinco semanas, a seleção brasileira jogou na Sérvia, voltou ao Brasil para a segunda semana em Goiânia, jogou na Rússia, depois na Bulgária e, por fim, na Austrália. Então, retornou ao Brasil para treinamentos e chegou a França para a disputa da etapa final.
Na etapa búlgara, o grupo dirigido pelo técnico Renan perdeu o central Maurício Souza, com lesão na região abdominal, e para a Fase Final não pôde contar com os ponteiros Lipe e Rodriguinho, lesionados. No primeiro jogo da etapa, contra a França, também perdeu outro ponteiro, Maurício Borges, que sofreu um estiramento no ligamento cruzado. E a seleção ainda não contou em nenhum momento da competição com Lucarelli, ponteiro que ainda se recupera de contusão.
Para a Fase Final da Liga das Nações, o Brasil contou com os levantadores Bruninho e William; os opostos Wallace e Evandro; os centrais Lucão, Maurício Souza, Éder e Isac; os ponteiros Maurício Borges, Lucas Lóh, Douglas e Victor Cardoso, e os líberos Murilo e Thales.
Fonte: CBV