Conforme exposto no artigo anterior, continuaremos a focar os problemas que acontecem nos condomínios, hoje vamos ver que não entender de gestão é o grande problema. Temos visto vários pontos de vistas que falam sobre o assunto. Uns colocam a gestão condominial equiparando a gestão empresarial, sem, entretanto, destacar os aspectos que devem usar e que gerenciar um condomínio tem muito da gestão pública. No artigo anterior demos ênfase à participação dos condôminos uma vez que dissemos que a autoridade máxima do condômino é a assembleia, onde tudo deve ser discutido. Aproveitando para corrigir que o artigo que regula os direitos dos condôminos é o art. 1336 do Código Civil de 2002.

Quando se fala em gestão seja ela empresarial, pública ou condominial requer preparo, conhecimentos, habilidades e atitudes que irá produzir resultados positivos de custos e benefícios, para todos que compõem as comunidades e que na gestão estão inseridas.

O bom gestor domina as questões administrativas (previsão, planejamento, organização, coordenação e controle), desenvolve sua capacidade de liderança, estimula a participação de todas as pessoas das suas comunidades, qualifica os funcionários e prestadores de serviços criando no seu condomínio uma ”cultura colaborativa” cujo objetivo maior é que o condomínio seja um lugar harmonioso e agradável para se viver e conviver.

É importante lembrar que cada prédio (condomínio) tem suas características próprias e que é responsabilidade e que os empregados novos devem ser treinados e os antigos reciclados para que tenha bons resultados constantes, uma vez que a gestão compreende todos os que trabalham e dirigem o condomínio, pois quando alguém falha, a falha é da equipe que comanda.

É preciso entender por gestão condominial as relações interpessoais, numa visão ampla onde todos os síndicos, conselheiros, condôminos, moradores e funcionários definem os papéis na dinâmica do condomínio, o que é preciso para determinar a qualidade de vida condominial.

É importante a administração financeira é ela que concentra a grande diferença entre as gestões empresarial e a condominial. Na empresarial o gestor destaca quando sua gerência desenvolve um eficaz trabalho de produzir através da participação de parceria onde a “cultura colaborativa” é facilitada quando a empresa tem um plano de recompensa meritória para seus integrantes. Outro fato é que se a empresa precisa de dinheiro, pode a gestão recorrer às entidades financeiras muitas vezes com juros subsidiados, o que não ocorre no condomínio que precisará recorrer aos coproprietários cobrando-lhes “taxas extras”. Eis aí a razão do chamado “Fundo de Reserva” que muitos condôminos esquecem que as fatalidades acontecem e para solucioná-las precisa de dinheiro. Daí, conseguimos ver o que cada prédio de acordo com seu tamanho tem que ter um estudo elaborado para não deixar o edifício sem condições de habitação em razão do problema. Outro aspecto que diferencia as gestões é que a empresarial pode ser decidida por um ou por pequeno grupo, enquanto que a condominial precisa levar para a assembleia decidir, uma vez que toda ação afeta o todo, ou seja, todos moradores serão atingidos e terão que pagar os custos do problema, e que por certo haverá cobranças e podendo ser responsabilizados por má administração. Daí, verificamos a semelhança com a gestão pública que tem orçamentação anual aprovada e que responde pelo mau uso do dinheiro público através da “responsabilidade fiscal”.

Continuaremos nos próximos artigos, uma vez que o assunto é importante e longo.

 

 

Obrigado, continuem comunicando conosco através do e-mail: tirandotodasduvidas@gmail.com e fale com o consultor Flávio Almeida Chaves Pereira.




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