A Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), após resultados positivos ao longo dos cinco anos de funcionamento da Casa da Mulher, lançou o projeto “Porta da Cidadania”, que visa inserir as mulheres vítimas de violência no mercado de trabalho. A cerimônia de lançamento foi realizada na manhã dessa quinta-feira, 28, e também serviu para comemorar os números de atendimentos realizados pela Casa da Mulher.

“Muito obrigado pelo trabalho desempenhado pela equipe da Casa da Mulher e aos parceiros, que juntos podem permitir o acolhimento dessas mulheres. Bom seria se a gente não estivesse comemorando, mas cada dia mais, o mundo está intolerante e com certeza não acrescenta em nada a nós”, disse o prefeito Antônio Almas.

Ao longo destes cinco anos, mais de 12 mil atendimentos foram realizados no local. “Não basta só o acolhimento, a gente precisa romper com essa agressividade e com o domínio que estas mulheres encontram no seu lar e que às vezes elas se sujeitam por serem mães e garantir que os filhos continuem tendo condição digna de sobrevivência”, ressaltou o chefe do Executivo municipal.

A “Casa” conta com profissionais para atendimento psicológico, social e orientação jurídica. Além de receber as vítimas de agressões, a instituição acolhe e cria ambiente de segurança e confiança para a pessoa atendida, estabelecendo vínculo de confiança individual e institucional. “É uma oportunidade para que ela acabe com essa dependência mórbida que ela tem do agressor por não condição de se manter e nem os filhos, pois muita das vezes, esta mulher não é capacitada. Com o projeto, nós vamos poder dar a essa mulher condições para que saia dessa situação que a degrada como ser humano”, destacou Maria Luiza de Oliveira Moraes, coordenadora Casa da Mulher, sobre o projeto “Porta da Cidadania”.

A cerimônia serviu também para comemorar os números de atendimentos realizados pela Casa da Mulher nos últimos cinco anos. Foto: Felipe Carvalho

Porta da Cidadania

O projeto “Porta da Cidadania” foi elaborado pela PJF em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo (Sedettur), a Agência de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) e os serviços Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac).

“A Casa da Mulher é um projeto consagrado e consolidado como porta de entrada e acolhimento a vítimas de violência doméstica. O ex-prefeito e o atual queriam que a gente desse um passo a frente na perspectiva de oferecer uma ‘porta de saída’ para elas”, afirmou o secretário de Governo, José Sóter de Figueirôa, sobre o surgimento do projeto.

De acordo com o secretário, o projeto visa emancipar e dar autonomia financeira as mulheres através de cursos de capacitação profissional. A princípio, será desenvolvido um teste com aproximadamente 100 mulheres em agosto. “O Procon ministrará o curso de educação financeira. Também teremos cursos de habilidades básicas, sobre o mercado de trabalho, direitos e deveres. Além disso, terão cursos profissionalizantes e aulas voltadas para área de gestão, de como essa mulher, por exemplo, pode montar o seu próprio negócio. Os cursos serão voltados para o mercado de trabalho e atenderão as demandas destas mulheres que recorreram a Casa da Mulher”, finalizou.




    Receba nossa Newsletter gratuitamente


    Digite a palavra e tecle Enter.