Homem que confessou ter assassinado a esposa se entrega à Polícia Civil

O homem de 38 anos que confessou ter assassinado a própria esposa, de 35 anos, se apresentou na manhã desta quinta-feira, 28, na Delegacia da Mulher. O autor havia sido preso no dia 8 deste mês, depois de um pedido de prisão preventiva.  No último dia 14, a defesa conseguiu um habeas corpus e o indivíduo foi solto. Nessa quarta-feira, 27, O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) revogou o habeas corpus e um novo mandado de prisão foi expedido em desfavor do homem.

Equipes da Polícia Civil, comandadas pela Delegada Ione Maria Moreira Dias Barbosa, realizaram buscas pelo autor desde a data de ontem, até o início da manhã desta quinta, quando o mesmo compareceu juntamente com o advogado até a Casa da Mulher, localizada no bairro Jardim Glória. “Tivemos o conhecimento de que houve uma votação em órgão colegiado que reverteu a situação e denegou o habeas corpus nessa quarta-feira, 27. Já estávamos no encalço dele na data de ontem, no início da manhã de hoje e para nossa surpresa ele se apresentou às 9h desta quinta-feira à Casa da Mulher, juntamente com seu advogado” relatou ela.

A Delegada Ione destacou em que fase se encontram as investigações e quais as próximas etapas. “Já foram ouvidas várias pessoas, diligências já foram cumpridas, já ocorreram várias incursões dos investigadores aos locais dos fatos, mas ainda faltam diligências e outras pessoas para serem ouvidas. Vamos terminar as investigações o mais rápido possível, por que pelo indivíduo estar preso, teremos apenas 10 dias para concluir o inquérito e enviar para a justiça. Não podemos adentrar em detalhes em relação às provas, por conta de evitar prejuízos a própria investigação”.

O homem já se encontra preso no Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (CERESP). Ao final do inquérito, de acordo com as provas apresentadas e decisão do juiz, será então definida a pena pelo crime.

 

O Caso

O corpo da vítima foi encontrado com o rosto queimado e sinais de violência no pescoço, no dia 31 de maio, no bairro Aeroporto, zona Oeste de Juiz de Fora. De acordo com o boletim de ocorrência da Polícia Militar (PM), o corpo foi encontrado por um rapaz de 29 anos, quando o mesmo transitava pela Avenida Prefeito Mello Reis. Ainda conforme a PM, a vítima estava nua e próximo ao corpo da mesma foi encontrado uma garrafa contendo um líquido não identificado. A mulher não portava documentos pessoais, não sendo possível identificá-la à época. Dias após o desaparecimento da mulher, os familiares fizeram contato com o Instituto Médico Legal (IML) e realizaram o reconhecimento do corpo. A constatação foi realizada pelos médicos-legistas por meio da arcada dentária.

A Delegada explicou que no primeiro depoimento do autor o mesmo confessou que teria ceifado a vida da vítima, porém em legítima defesa. “Segundo ele, o casal teria tido uma discussão e logo depois ele teria ido deitar. Nesse momento a mulher teria ido até a cozinha, pego uma faca e foi em direção a ele. O homem então afirmou que em legítima defesa, tirou a faca dela e começaram a luta corporal. Ele relatou que começou a asfixiá-la e quando viu ela já estava sem vida”.

Ela também pontuou as explicações dadas pelo autor em relação às etapas de realização do crime. “Após notar que a mulher desfaleceu, ele pensou numa forma de desfazer da vítima por conta dos três filhos, crianças. Ele então resolveu fazer compras em um mercado, de maneira que ele pudesse entrar com o carrinho de compras. Seria uma forma de simular que o carrinho entrou para as compras e depois sair com o corpo. Ele simulou esta situação justamente para ter o carrinho com o corpo, ainda o enrolou em um edredom, colocou compras por cima e dali saiu em direção ao carro. Ele colocou o corpo no porta-malas e começou a procurar algum lugar pra jogá-lo. Ele viu uma mata e achou fácil jogar o corpo ali. Depois da ação ele voltou pra casa. No dia seguinte fez uma ligação para família da vítima dizendo que eles tinham brigado e afirmando que a mulher teria abandonado o lar. Depois disso veio a identificação do corpo e todo o desenrolar da situação” finalizou a Delegada.

 




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