Acusado por mais de 40 atletas ou ex-atletas de ter praticado abusos sexuais entre 1999 e 2016, o ex-técnico da Seleção Brasileira de ginástica artística, Fernando de Carvalho Lopes, disse durante a CPI dos Maus-Tratos do Senado que acredita em vingança por parte dos que fizeram as denúncias, devido ao seu jeito rígido. Ele reafirmou que é inocente.
Em oitiva na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Maus-tratos contra crianças no Senado, em Brasília, ele negou diversas insinuações e soube que é alvo de uma investigação por desvio de verba pública.
“No volume que é colocado sobre, da forma como é feita, eu não vejo outra coisa a não ser vingança. Eu tenho 20 anos no clube, então como não teve nenhuma reclamação em meu nome? Eu trabalhei com centenas de atletas. Eu fui um dos funcionários mais antigos do clube. Nunca existiu uma queixa sobre mim”, afirmou o ex-treinador da seleção brasileira.
Malta pediu e recebeu autorização do técnico para quebra de sigilos telemático, fiscal e telefônico nos últimos cinco anos. Lopes ainda chegou a consultar seu advogado, Luiz Ricardo Davanzo, e depois consentiu com a quebra. O senador afirmou que pretende verificar e-mails dele e, em seguida, reiterou que ele será reconvocado em breve para nova oitiva. Duas das vítimas denunciantes maiores de idade também serão convocadas, segundo o parlamentar.