Seguindo a programação da Semana Municipal da Pessoa Idosa, o plenário da Câmara promoveu nessa quinta-feira, 10, a palestra “A perda de memória na pessoa idosa”, ministrada pelo geriatra Antônio Carlos Godinho. 
O destaque do tema foi a diferença entre perda de memória e demência. Segundo o médico, o esquecimento pode estar relacionado à idade, pode ser reversível ou sinal de alguma doença neurológica, que acarreta a demência, como o Alzheimer, por exemplo. O caminho para o diagnóstico não é simples nem óbvio; é necessário avaliar outras funções, além das psíquicas.
O idoso normal pode repetir a mesma pergunta, mas lembra que já perguntou; o esquecimento não atrapalha seu dia a dia, faz tudo que fazia há 10 anos. Já o idoso com Alzheimer não lembra que perguntou mesmo quando fornecido o contexto, esquece onde guarda coisas e coloca fora dos lugares habituais e não faz mais do que fazia antes.
Há casos em que o esquecimento é reversível, e é causado por outros fatores, como a depressão, o uso de medicamentos para dormir, a diminuição da vitamina B12, alterações na tireóide e o diabetes descontrolado.
As causas mais frequentes de perda de memória no idoso está relacionada à depressão, ao abuso de álcool e insônia. De acordo com o especialista, a aposentadoria é um fator social que pode afetá-los. Quando o idoso passa a ser menos ativo e começa a depender mais de seus familiares, isso pode provocar depressão, ele passa a ter insônia e desencadeia o alcoolismo ou o abuso de remédios, que pioram mais ainda a demência. Godinho alerta que os remédios para insônia são protagonistas quanto à perda de memória, e os danos são irreparáveis mesmo depois de a pessoa ter parado de tomá-lo.
Quando se fala de demência a mais comum é o Alzheimer, que se manifesta inicialmente por perda de memória, e essa perda atrapalha a vida da pessoa e tudo que ela fazia antes normalmente. Quanto mais avançada a idade, maior o risco de ter demência de Alzheimer. A chance de um idoso de 90 anos de ter a doença é de 40%.
Além de comprometer a memória, afeta também a linguagem, o comportamento, a noção de espaço e tempo e a capacidade de planejamento. As causas que podem provocar esta doença está relacionado ao estilo de vida, como o sedentarismo, o analfabetismo ou pouca escolaridade, o diabetes, o isolamento social (depressão, bipolaridade) e a dificuldade para ouvir e enxergar. O tratamento é feito por medicação, entretanto, o mesmo não consegue estagnar a doença.
Godinho ressalta que há outras demências, como o corpúsculos de Lewi, demência vascular, que ocorre após um acidente vascular cerebral (AVC) e a demência da doença de Parkinson.
Fonte: Assessoria




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