Em coletiva de imprensa realizada na tarde dessa quinta-feira, 3, a Arquidiocese de Juiz de Fora anunciou que, no próximo dia, 9, cinco missionários irão para a missão no Haiti. O grupo, coordenado pelo padre Pierre Maurício de Almeida Cantarino e que conta com dois médicos e outros profissionais, vão ficar no país por 10 dias, levando assistência médica e outros serviços para a população carente, que sofre com as sequelas de desastres ambientais e outros problemas.

Esta é a segunda etapa do projeto “Missão JF/Haiti”. Em julho do ano passado, um grupo de seis pessoas da Arquidiocese de Juiz de Fora havia estado no país, onde, além de estudar a possibilidade da criação de uma base missionária da igreja no local, também realizaram trabalhos sociais junto à população local. Os missionários ficaram hospedados na cidade de Porto Príncipe, capital do Haiti, na residência dos Freis Franciscanos na Providência de Deus, que já faziam as ações no país.

O arcebispo metropolitano de Juiz de Fora, Dom Gil Antônio Moreira explicou a importância da iniciativa. “Escolhemos um local onde a pobreza é a mais grave da América Latina. O Haiti é um país marcado por terremotos e vendavais, e isso nos sensibilizou”, ressaltou ele, acrescentando que a igreja também trabalha com um projeto para angariar voluntários. “Temos um projeto para levar pessoas que queiram se tornar missionários continentais. Médicos, padeiros, costureiras, cabeleireiros e todo o profissional que quiser ajudar pode participar. Já temos uma lista de empresas que pessoas que se inscreveram e que vão levar isso para lá”, ressaltou.

A pediatra Magda Vênus Mendes Condé e o marido são representantes do grupo. Para ela, ajudar o povo do Haiti é a realização de um sonho. “Já era minha vontade antes do convite, mas agora, vai se tornar realidade.  Poder pegar uma criança no colo, hidratar ela gota por gota, alimentar, fazer comida, medicar, fazer a consulta, levar roupa, sapato é uma ação de amor”, disse. “Nosso plano é de ir sempre, não sei serão por duas ou quatro vezes ao ano. Desta vez, vamos levar um equipamento de ultrassom para eles fazerem exames, de ginecológica, pressão e outros equipamentos, que vão ficar para os Freis Franciscanos trabalharem”, reforçou.

 

Padre Antônio Camilo de Paiva chamou atenção para combate do fake news. Foto: Rafaela Frutuoso

 

DIA MUNDIAL DAS COMUNICAÇÕES SOCIAIS 

Na mesma ocasião, o arcebispo metropolitano de Juiz de Fora, Dom Gil Antônio Moreira aproveitou para falar sobre o “52° Dia Mundial das Comunicações Sociais”, comemorado pela igreja católica no dia 13 de maio, onde também é celebrado o “Domingo da Ascensão” e, neste ano, traz como tema “A verdade vos tornará livres” Fake news e jornalismo de paz”. “Este é um grande problema da comunicação no mundo todo. São as conhecidas notícias falsas. O que estamos propondo é a forma de vencer esse problema. O fake news é uma mentira que diz respeito à dignidade da pessoa. Então, nesse dia 13, a igreja pretende divulgar uma carta que o Papa Francisco escreveu, reforçando as preocupações e pedindo às pessoas que não repassem informações que elas não tenham certezas. Se conseguirmos educar o povo sobre isso, já é uma vitória sobre o fake news”, disse.

O Vigário Episcopal para Educação, Comunicação e Cultura da Arquidiocese de Juiz de Fora, Padre Antônio Camilo de Paiva, lembrou do cenário que envolve o país e que pode ser contaminado pelas notícias falsas. “O fake news vai ‘esquentar’ o país. As eleições estão chegando e, quando falamos de notícias falsas, podemos dizer que elas acontecem principalmente no cenário político e econômico. Os comunicadores têm papel central na destruição dos boatos. Seja quando pública uma notícia ou quando é protagonista como educador para a comunicação. Ele precisa desenvolver uma ética sobre a informação e a maneira em que vai lidar com ela”, afirmou.

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