Juiz de Fora recebe espetáculo teatral premiado pela ONU por oferecer máxima acessibilidade ao público

Acessibilidade. Um direito garantido por lei, mas que ainda encontra-se muito distante de ser cumprido em sua totalidade no país. Entretanto, apesar dessa distância, diversas propostas e ações vem sendo criadas a fim de permitir que todas as pessoas tenham acesso igualitário a espaços, lugares, eventos, etc. Uma dessas ações é o espetáculo “Ninguém Mais vai ser Bonzinho”, do grupo carioca “Os Inclusos e os Sisos – Teatro de Mobilização Pela Diversidade”, criado pela Organização Não Governamental (ONG) Escola da Gente.

A apresentação ocorre nesta quinta-feira, 26, às 15 horas, no Teatro Paschoal Carlos Magno (Rua Gilberto de Alencar, Centro). Diversos ingressos gratuitos foram disponibilizados pela Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage (Funalfa) para pessoas com deficiência e outros convites foram distribuídos por meio da Secretaria de Educação (SE) da Prefeitura, a estudantes, profissionais e professores. Entretanto, todas as entradas estão esgotadas.

De acordo com a direção, o grupo foi instituído em 2003 pela atriz e humorista Tatá Werneck. O espetáculo já foi assistido por mais de cem mil espectadores e recebeu prêmio da Organização das Nações Unidas (ONU) por ser o único no mundo a oferecer máxima acessibilidade. “Temos percorrido o país, falando sobre inclusão, discriminação, direito dos deficientes e acessibilidade. Fomos criados para mostrar para as pessoas que o mundo inclusivo faz sentido e é legal. Desenvolvemos projetos para sensibilizar e estimular a defesa da causa. Os ambientes são transformados em espaços acessíveis, inclusivos, proporcionando a participação de todos”, explicou o coordenador da ONG, Pedro Prata.

Os espetáculos do grupo promovem a acessibilidade para deficientes físicos com intérpretes de libras, legenda eletrônica, audiodescrição das cenas, programas em braile, visita guiada ao cenário, rampas de acesso, banheiro adaptado e atendimento acessível desde a fila. “O que fazemos é o cumprimento da legislação. A Constituição prevê que a cultura é direito de todos, mas, infelizmente, nem todo mundo cumpre. Vai ser uma noite especial, principalmente, para o Teatro “Paschoal Carlos Magno”, que demorou tanto tempo para ficar pronto”, recorda.

 

OFICINA

No dia 25, Juiz de Fora também receberá “Oficina de Teatro Acessível”, promovida pela ONG Escola da Gente, no Centro Cultural Bernardo Mascarenhas (CCBM). Na ocasião, atores do grupo Os Inclusos e os Sisos trarão atividade de formação e mergulho nos temas da inclusão, acessibilidade e direitos de pessoas com deficiência. As vagas da oficina foram destinadas aos profissionais de educação e também já estão esgotadas.




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