Febre inicial, que pode ser alta, seguida de lesões dentro e fora da boca, nas mãos e nos pés. Esses são alguns dos sintomas da Síndrome de “Mão-Pé-Boca”, infecção causada por um vírus do grupo Coxsackie, que tem preocupado os pais de crianças nos últimos dias, e que forçou a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) a emitir um sinal de alerta para possíveis surtos. Em 2018, o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) da pasta, já registrou três epidemias no estado, resultando em 107 pessoas acometidas.

O que mais preocupa é que a doença, mais frequente em crianças menores de cinco anos de idade, apesar de também afetar adultos, tem alcançado outros lugares do corpo, como explica a pediatra e coordenadora do berçário do Hospital Albert Sabin, Márcia Mizrahy. “A síndrome, especificamente, causa lesões nas mãos, nos pés e na região bucal, provocando também muita coceira nas regiões afetadas. Começa com uma febre, que pode durar até três dias, seguida do aparecimento dos machucados. É bastante contagiosa. Porém, o que temos observado, é que a virose não está atingindo somente esses lugares e tem se espalhado por todo o corpo, de forma muito rápida. Os pais devem estar atentos a isso”, afirma.

 

Síndrome pode causar lesões na boca, pés e mãos e outras partes do corpo. FOTO: Agência Brasil

 

Márcia reforça que não existe vacina ou algum método que cure a Síndrome. “O tratamento é sintomático. Se a criança tem febre, ela é medicada com remédio que controla o sintoma, se está se coçando, um anti-histamínico, pode aliviar. O mais importante é manter uma boa hidratação oral, pois, como a virose ocasiona feridas na boca, a criança costuma não se alimentar bem. Oferecer uma comida mais liquida e pastosa pode ajudar”, ressalta. “Além disso, nessa fase, a mãe é orientada a não mandar a criança para a escola, pois pode contaminar os colegas. O período de incubação do vírus é de cerca de sete dias, e depois já pode voltar a realizar as atividades normalmente”, acrescenta.

Segundo ela, uma boa higiene pessoal é vital para prevenir a Mão-Pé-Boca. “Márcia também destaca que quem teve uma vez, pode voltar a ser infectado. São vários sorotipos da doença. A imunidade adquirida para um, pode não servir para outro”, lembra.




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