Juiz de Fora possui 30 pacientes que já receberam alta ou segue internados por febre amarela e nove óbitos confirmados pela doença. Estes dados foram divulgados nessa terça-feira, 17, no boletim epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde (SES/MG).
Conforme a pasta, foram considerados casos confirmados aqueles que apresentaram exame laboratorial detectável para Febre Amarela; exame laboratorial não detectável para dengue; histórico vacinal (não vacinado/vacinação ignorada); sinais e sintomas compatíveis com a definição de caso; e/ou exames complementares que caracterizam disfunção renal/hepática.
A Secretaria de Saúde (SS) municipal afirmou que a cobertura vacinal na cidade está acima do preconizado pelo Ministério da Saúde que é de 95%. Vale salientar que a recomendação preconizada pelo Regulamento Sanitário Internacional da Organização Mundial de Saúde, ratificado pelo Ministério da Saúde, é de que uma única dose da vacina contra Febre Amarela confere proteção por toda a vida.
MACACO ENCONTRADO EM ESCOLA
A doença entra em voga novamente no município após um primata ser encontrado morto na Escola Estadual Duque de Caxias, situada na região Central, nessa segunda-feira, 16.
Na página da instituição em uma rede social, a direção da escola se manifestou. Conforme a publicação, preocupados com o episódio, a direção verificou os fatos para esclarecer a comunidade escolar. “Por meio de nossas câmeras de segurança conseguimos esclarecer o ocorrido. Sábado à noite [14 de abril], por volta das 18:30h, um rapaz de bicicleta passou em frente à escola. Ao ver o bichinho na rua retornou e pegou-o, em seguida depositou-o dentro da instituição. Acreditamos que tal ato tenha sido uma forma de alertar os arredores da escola alem de tirar o animal da avenida. É provável q ele tenha sido eletrocutado e tenha caído próximo a calçada”, afirmou.
A SS esclareceu que o macaco encontrado na escola estadual já está em estado avançado de decomposição, portanto, ele foi recolhido pelo Departamento Municipal de Limpeza Urbana (Demlurb). “Acrescentamos, ainda, conforme norma da Superintendência Regional de Saúde, que não deverão ser enviados para análise macacos oriundos de áreas onde já tiveram ocorrências de epizootias, como é o caso da região onde se encontra a escola.
Todas as medidas preconizadas pelo Ministério da Saúde e pela Secretaria de Estado da Saúde (SES/MG), como recolhimento do animal e envio para análise pela SES, monitoramento da área por técnicos do Setor de Zoonoses, bloqueio epidemiológico com aplicação de inseticida por meio de UBV, intensificação de controle vetorial com o trabalho dos agentes de combate a endemias e intensificação vacinal já foram realizados na área. Acrescentamos que não é indicada a interdição da instituição uma vez que todas as medidas preconizadas já foram realizadas, como mencionado”, ressaltou o comunicado da Secretaria.
O cidadão que encontrar algum macaco morto pode ligar para o setor de zoonoses, de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 14h às 18h, no telefone 3690-7030, e solicitar a coleta.