Para alcançar a verdadeira felicidade, o homem deve transcender as preocupações em relação ao dinheiro. Deve abandonar a ideia fixa de “obter lucros”, bem como eliminar o receio de “sofrer prejuízos”. No mundo da disputa, no mundo de lucros e perdas, o homem poderá experimentar as sensações de euforia e expectativa diante das mudanças de situações, mas jamais poderá encontrar a verdadeira paz de espírito, pois o seu estado espiritual estará oscilando incessantemente, ao sabor das circunstâncias fenomênicas.
Para alcançar a verdadeira felicidade, o homem deve transcender as preocupações com lucros e prejuízos e dedicar-se unicamente ao cumprimento da missão. Deve dar sua vida para o cumprimento da missão. Deve levar uma vida pura e nobre, que nada tenha de que se envergonhar.
Caro leitor, nunca pratique atos que devam ser escondidos dos outros. Mantenha grandiosa a sua mente e não se amofine com os pequenos incidentes do mundo fenomênico. Saiba perdoar a todos, com magnanimidade. Não odeie o próximo, ainda que o veja praticando o mal. Dirija-se a todos com amor e bondade, não pense que existem neste mundo pessoas realmente perversas. Doe-se a Deus e aos seus semelhantes, com total desprendimento.
Jesus disse a verdade quando ensinou: “Aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas aquele que perder sua vida por minha causa, encontra-la-á”. Enquanto mantiver o pensamento de defender a “si mesmo”, o homem não consegue encontrar a verdadeira paz e o verdadeiro contentamento, isto porque o pensamento de “defender-se”, que pressupõe a existência de “inimigos”, baseia-se no conceito relativista, o qual gera a “divisão do eu”; e enquanto houver a “divisão do eu”, o homem não pode alcançar a paz e a satisfação verdadeiras. Estas só podem ser alcançadas quando o homem vive aquilo que não se divide, aquilo que não é relativo, e sim absoluto. A verdadeira felicidade vem quando nos despimos completamente do nosso “pequeno eu” e expomos a nossa Vida. O verdadeiro Ser Absoluto vive dentro de nós mesmos. Ele é “Deus que habita em nós”.
Caro leitor, não deixe escapar a felicidade que já existe. Não seja negligente em exteriorizar o seu Eu verdadeiro. Não se esqueça de dedicar o seu Eu verdadeiro a Deus, ao seu ideal, à sua missão. Todas as manhãs, ao despertar, prometa a si mesmo que fará isso. Faça o seu eu menor curvar-se diante do seu Eu grandioso. Faça o seu eu falso render-se ao seu Eu verdadeiro. Abandone o pensamento de buscar bens materiais, dinheiro, fama, poder – enfim, todas as formas de glória mundana. Transcenda todas essas coisas. Enquanto você insistir em perseguir essas coisas, sua mente estará à mercê delas e você não poderá alcançar a verdadeira felicidade. O homem só alcança a verdadeira felicidade quando ativa (manifesta) a sua Verdadeira Vida. Quando a Verdadeira Vida se manifesta ativamente, o dinheiro, a fama, o poder etc. vêm por si mesmos, sem que a pessoa as busque. O dinheiro, a fama e o poder obtidos através do ávido desejo de possuí-los não são coisas limpas; limpos são o dinheiro, a fama, o poder etc que vêm por si mesmos como consequência da manifestação da Vida.




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