Infraestrutura precária da cozinha de escola estadual preocupa pais dos alunos

Infiltrações, gotejamentos, mofo e rachaduras no teto. Azulejos soltos, portas e outros equipamentos com ferrugem. Esses são alguns dos transtornos relatados por pais de alunos e que, possivelmente, levaram a direção da Escola Estadual Almirante Barroso, localizada no bairro Benfica, zona Norte, a interditar a cozinha do local para reformas. O grande problema é que a obra nem saiu do papel, uma vez que aguarda recursos estaduais para a execução.

Por meio de nota, a Secretaria de Estado de Educação (SEE) informou que a obra, licitada no valor de R$37.886,24, já consta no cronograma do governo, mas que aguarda a liberação dos recursos, “dentro da disponibilidade financeira do Estado”, para programar o início das intervenções no local o mais breve possível.

Essa imprevisibilidade é o que preocupa os pais dos estudantes da escola. “A cozinha está nessa situação há muito tempo. Para que os estudantes não ficassem sem merenda, improvisaram um espaço, mas que não era adequado para atender os alunos. Tinha esgoto a céu aberto que vazava e exalava mau cheiro, o risco de doenças era muito grande”, contou a mãe de um estudante, que preferiu não se identificar.

Segundo ela, após denúncias de pais que foram enviadas à Vigilância Sanitária, o espaço provisório teria sido interditado, impossibilitando que a escola oferecesse merenda aos alunos. “Desde a segunda que meu filho tem sido dispensado antes do horário final das aulas. É um absurdo. É uma escola enorme, que comporta cerca de 1000 estudantes, que estão sendo prejudicados porque o governo não envia a verba para reforma da cozinha. Essas crianças vão ficar saindo cedo e sem merenda até que dia?”, questionou a mãe. “É a prova da tal ineficiência do estado. Meu filho recebe boa alimentação em casa, mas e aqueles que a refeição que a escola oferece é a única que ele tem para comer? Como irão ficar?”, acrescentou.

Ainda conforme a nota, a SEE afirmou que uma equipe da Superintendência Regional de Ensino (SRE) de Juiz de Fora, responsável pela coordenação da Escola Estadual Almirante Barroso, esteve na unidade na segunda-feira, 2, e orientou a direção a adaptar outro espaço para ser usado temporariamente como cantina, até que a reforma seja concluída, e para que os estudantes não fiquem sem a merenda adequada. Com isso, a previsão é de que até a próxima semana os estudantes voltem a ter carga horária de aulas completa.




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