Descontração e alegria marcam mais um desfile da Banda Daki

Mantendo a tradição, sob muito confete e serpentina a Banda Daki arrastou milhares de foliões pelas ruas centrais da cidade neste sábado, 10. Na avenida, não faltou descontração, irreverência e muita diversão ao som de marchinhas de Carnaval, músicas da Xuxa e dos Mamonas Assassinas, hits que são marca registrada do repertório da Banda.

“Para ter essa sobrevivência da Banda, a gente teve que manter essa tradição dela, que é o confete, a serpentina, o nosso repertório, que é o carnavalzinho antigo”, destaca José Carlos Passos, o Zé Kodak. Conhecido por ser o general da Banda Daki, ele ressalta que essas características contribuem para a longevidade da banda, que em 2018 completou 46 anos de desfile na folia de rua juiz-forana.

Fundada por um grupo de estudantes no início da década de 70, a Banda começou como um bloco, que se concentrava no Largo do São Roque, na Avenida dos Andradas, subia a Avenida Rio Branco e descia a Rua Halfeld. Anos mais tarde, o bloco que começou com cerca de 30 integrantes se tornou Banda Daki e chegou a reunir mais de 50 mil pessoas em seus desfiles.

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Ainda que o público tenha diminuído ao longo dos últimos anos, a animação continua a mesma! “Hoje, uma família em Juiz de Fora pode sair na Banda que não tem problema, não tem briga”, comemora Zé Kodak, ressaltando que há quatro edições não são registradas ocorrências policiais e que brigas eram mais comuns quando a aglomeração de pessoas era maior.

O fator segurança foi um dos que motivou a professora Silvana Medeiros a participar do desfile. Já na concentração ela se divertia acompanhada da filha e das sobrinhas. “Eu costumo vir todos os anos e esse ano eu estou me sentindo mais segura, porque tem mais policial. É uma festa de família, mesmo, nunca presenciei nada de violência, por isso eu costumo trazê-las”, conta.

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E como todo bom folião, as meninas estavam fantasiadas e preparadas para pular o Carnaval. “Elas gostam [de vir fantasiadas] e isso é bom para resgatar um pouquinho aquele carnaval de antigamente, que hoje em dia está se perdendo”, ressalta Silvana.

Mas não foram somente os foliões que comemoraram. Muitos vendedores ambulantes aproveitaram a festa para faturar um dinheirinho a mais enquanto se divertiam e dançavam ao som da Banda Daki. Há 15 anos Edna Oliveira participa do desfile, vendendo acessórios e outros itens que complementam a folia da criançada. “Como sou vendedora autônoma, para mim aqui é uma renda extra e, além de tudo, eu me divirto muito”, conta ela, que atualmente mora na cidade de Três Rios (RJ) e vem a Juiz de Fora todos os anos participar da festa.

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DESFILE

Era por volta das 13h quando o prefeito Bruno Siqueira realizou a entrega das chaves, exaltando a tradição do Carnaval de rua juiz-forano e dando o aval para que os foliões tomassem a avenida. As tradicionais personagens da Banda Daki tomaram seus lugares nos carros alegóricos e trios elétricos, se preparando para conduzir a multidão.

O desfile partiu do Largo do Riachuelo e tomou a Avenida Rio Branco, sob os olhares de encanto de quem acompanhava das janelas dos prédios e atraindo mais foliões ao longo do caminho.

E foi com toda sua alegria e irreverência que a Banda Daki fechou mais um sábado de Carnaval em Juiz de Fora, mantendo a tradição da folia de rua. As fotos registram o evento.

 

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 Fotos: Rafaela Frutuoso




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