Do espaço criativo do Instituto de Artes e Design (IAD) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) surgem novas ideias, muitas vezes inspiradas nas cores de paredes coloridas e nos mais diferentes universos vivenciados por quem ali estuda.
Desta usina criativa surgiu “IMO”, um dos filmes que estreia na Mostra Aurora, durante a 21ª Mostra de Cinema de Tiradentes, que conta com a direção da recém-formada em Cinema pelo IAD, Bruna Schelb Correa. O festival começa na próxima sexta-feira, dia 19, e vai até o dia 27.
Natural de Cataguases, Bruna graduou-se no Bacharelado Interdisciplinar em Artes e Design em 2015 e, no segundo ciclo, em Cinema e Audiovisual, ao final de 2017. A paixão pelo cinema nunca esteve latente em suas veias, mas sempre esteve presente durante diferentes fases de sua vida. “Quando entrei na minha primeira faculdade, de Relações Internacionais, meu avô me deu um livro de teoria de cinema, o que foi me despertando interesse por estudar essa linguagem. Durante o curso de Artes, então, eu só estudava o cinema como algo distante, muito satisfeita em aprender o que estava por trás das obras.”
Foi durante uma exposição sobre a vanguarda surrealista dos anos 20 que a paixão pelo cinema foi despertada. “Enquanto estudava o movimento surgiu a sensação de que eu poderia também, talvez, fazer filmes. Todo o aparato teórico que acumulei durante as faculdades, então, me serviu para começar e tentar alguma coisa.”
Ela estava no momento certo, na hora certa. “Aprendi, na verdade, a amar o cinema brasileiro. Aprendi também como é trabalhoso fazer um filme, por menor que seja e isso, hoje em dia, me fez valorizar qualquer tipo de produção que vejo. Por último, e não menos importante, a faculdade me mostrou a importância dos meus colegas. Com eles tive a oportunidade de testar, errar e fazer muitas coisas.”
No período em que esteve na academia, a cineasta conseguiu colocar em prática não só os conhecimentos técnicos ensinados na sala de aula, mas também a bagagem histórico-cultural obtida no contato com os mais diversos movimentos sociais.
Misturando humor e elementos dos filmes clássicos de horror para criar uma sátira, “Vampiro da Ocupação” conquistou o Prêmio José Sette, escolhido por um grupo de organizadores antigos do Festival Primeiro Plano e que é dedicado para produções locais que se arriscaram com a linguagem cinematográfica. Além de uma menção honrosa ao Prêmio Incentivo, a diretora também obteve destaque no 2º Laboratório Latino-Americano de Curtas-Metragens, evento paralelo com o intuito de desenvolver projetos dos competidores das mostras.
Fonte: Assessoria/UFJF