Três exames laboratoriais de amostras de macacos encontrados mortos na cidade apontam febre amarela como causa da morte dos primatas. Os casos positivos são dos animais encontrados no Museu Mariano Procópio e em Palmital, no início do ano, e no bairro Previdenciários, zona Sul, no ano passado.
Diante do resultado, o Museu permanecerá fechado por 60 dias, até início de março, quando o Departamento de Vigilância Epidemiológica fará nova avaliação. “Não há necessidade de ações extras devido aos trabalhos de controle já executados nos locais imediatamente após o registro das mortes” informou em nota a Secretaria de Saúde (SS) da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF).
Desde o ano passado, o Departamento de Vigilância Epidemiológica da Subsecretaria de Vigilância em Saúde vem atuando no monitoramento da doença e antecipando os protocolos de ações preventivas, visando o bloqueio da cidade e a proteção da população. O setor intensificou suas ações no final de outubro de 2017, quando novos casos de epizootias começaram a surgir. “No entanto, a cobertura vacinal é a forma mais efetiva de proteção. Portanto, é fundamental que aqueles que nunca tomaram nenhuma dose da vacina procurem os postos de vacinação para se imunizarem”, ressaltou a pasta.
POSTOS EXTRAS DE VACINAÇÃO
A cobertura vacinal para a febre amarela no município está estimada em 89,85%. Para aumentar o número de pessoas vacinadas, a SS abriu cinco postos extras e, entre o dia 4 de janeiro e o último sábado, 13, imunizou 2.675 pessoas, com idades que variam entre 9 meses e 59 anos.
Além de intensificar a vacinação, a Secretaria também vem adotando bloqueios nas áreas urbanas onde primatas foram encontrados mortos, antecipando as ações previstas em casos de amostras positivas para doença e seguindo as orientações definidas em protocolo da Secretaria de Estado de Saúde (SES) e do Ministério da Saúde.
“A aplicação de inseticida já foi realizada nos bairros Mariano Procópio, Previdenciários e Vitorino Braga, além da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Na área rural, a Subsecretaria de Vigilância em Saúde já havia intensificado as ações de bloqueio e busca ativa de vacinação em novembro e dezembro de 2017 nas 14 regiões”, afirmou a SS.
Nessa segunda-feira, 15, dois macacos, uma mãe e um filhote, foram encontrados mortos no bairro Linhares, zona Leste. Ao todo, em 2018, nove animais foram encontrados, dois no Museu Mariano Procópio, sendo um atropelado, e outro na UFJF, que também foi atingido por um veículo. Ainda foram encontrados animais nos bairros Vitorino Braga, Retiro, no distrito de Rosário de Minas e em Palmital. “Foram enviadas seis amostras para análise junto à Fundação “Ezequiel Dias” (Funed), em Belo Horizonte. As demais foram descartadas devido ao estado avançado de decomposição em que os animais foram encontrados”, finalizou o comunicado.
CONFIRA A TABELA DE MACACOS ENCONTRADOS DESDE OUTUBRO DE 2017
Local |
Data |
Resultado |
UFJF |
31/10/17 |
Não reagente |
Nova Era |
13/11/17 |
Animal descartado |
Nova Era |
13/11/17 |
Não detectável |
Aeroporto |
16/11/17 |
Não detectável |
Francisco Bernardino |
16/11/17 |
Em investigação |
Graminha |
06/12/17 |
Não processado |
Graminha |
06/12/17 |
Não detectável |
Bom Pastor |
07/12/17 |
Não reagente |
Previdenciários |
13/12/17 |
Positivo |
Museu Mariano Procópio |
03/01/18 |
Positivo |
Vitorino Braga |
06/01/18 |
Animal descartado |
Palmital |
08/01/18 |
Positivo |
Rosário de Minas |
08/01/18 |
Animal descartado |
UFJF |
10/01/18 |
Em investigação |
Museu Mariano Procópio |
11/01/18 |
Em investigação |
Retiro, estrada Caeté |
12/01/18 |
Em investigação |
Linhares |
15/01/18 |
Em investigação |
Linhares |
15/01/18 |
Em investigação |