Primeiro reajuste de 2018 no preço dos combustíveis já está em vigor

Após anunciar redução de 0,1% no preço da gasolina e aumento de 0,6% no valor comercial do diesel, as constantes variações nos preços dos combustíveis realizadas pela Petrobras continuam causando revolta e reclamação entre os consumidores. A primeira oscilação de 2018 não agradou em nada o instrutor de Informática e Administração, Vinícius Mendes Ferreira.

“Em menos de seis meses tivemos vários reajustes, que, em minha opinião, são desnecessários. O preço do combustível aumentou tanto em tão pouco tempo que o Brasil é um dos países com valor mais abusivo”, diz.

A “indefinição” nos preços prejudica o orçamento mensal do Instrutor. Segundo ele, cerca de R$120 são reservados mensalmente para encher o tanque. “Enquanto o salário aumenta pouco, somente uma vez a cada ano, o preço dos combustíveis varia por diversos momentos no mesmo período. Com isso, a renda fica incompatível, pois temos que arcar com outras despesas”, reclama.

Em Juiz de Fora ainda é possível encontrar gasolina, diesel e etanol a R$4,19, R$3,48 e R$2,89, respectivamente, conforme a última variação do ano, praticada pela estatal no sábado, 30, quando a gasolina aumentou 1,9% e o diesel 0,4%. A manutenção dos preços ocorre por conta de os donos dos postos ainda não terem abastecido suas bombas após o anúncio do último aumento. “Ainda estamos operando com preço antigo até chegar o produto com nota fiscal equivalente ao reajuste”, afirma o proprietário de um posto localizado na região central, que não quis se identificar.

Ele ressalta que a política adotada pela Petrobras é ruim para os negócios. “Para a Petrobras é ótimo. Ela coloca o produto dela no preço que ela quer. Já para nós que revendemos e para os consumidores que adquirem é um péssimo negócio. O preço do combustível está muito caro e deve subir ainda mais ao longo de 2018”, prevê.

A nova política de revisão de preços foi divulgada pela petroleira no dia 30 de junho de 2017. Com o novo modelo, a Petrobras espera acompanhar as condições do mercado e enfrentar a concorrência de importadores.

Outro empresário, que também preferiu manter sigilo, revela que no fim são os postos que “pagam o pato”. “Os consumidores acabam brigando conosco, mas não podemos deixar de repassar o reajuste. Nos últimos dois meses, foram mais de R$0,50 de aumento. Isso é prejudicial. No início de cada ano, traçamos o plano de negócios e calculamos a margem especifica de lucro em cima da venda do produto. Entretanto, com a variação constante esse planejamento acaba se perdendo. A Petrobras aumenta os preços, nós também elevamos, mas não significa que a lucratividade é maior, pois temos que pagar a mais para a estatal”, revela.

 

PESQUISAR É UMA DICA VALIOSA

De acordo com o administrador e agente de Inovação, Jeremias Rodrigues, a pesquisa de preço é uma boa alternativa para economizar. Além disso, uma boa ação também pode auxiliar na redução dos custos. “O veículo deve ser utilizado de maneira consciente. Hoje, podemos constatar que a maioria dos carros circula com apenas uma pessoa, mas esta não é a finalidade dele. Compartilhá-lo com amigos, parentes e outras pessoas pode contribuir para o bem-estar de todos e para uma redução significativa nas contas com combustível no fim do mês”, reforça. “Neste período de férias também é interessante conhecer os valores que são cobrados no local em que o condutor está se deslocando, para que ele não seja pego de surpresa. Eu, por exemplo, estou viajando para a Região dos Lagos no Rio de Janeiro e sei que o valor cobrado nessa localidade é bem maior que em Juiz de Fora. É importante lembrar que outras despesas de início de ano estão chegando”, alerta.




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