Problemas estruturais no piso da quadra poliesportiva, a falta de capina e o acúmulo de lixo na Praça João Álvares de Assis, tem incomodado e atrapalhado os moradores do bairro Jardim Esperança, zona Sudeste de Juiz de Fora, de usufruir do espaço.
De acordo com o presidente da Associação de Moradores do bairro, Cledmar Rodrigues Pereira, as raízes de uma árvore plantada pela Empresa Municipal de Pavimentação e Urbanização (Empav) ao lado da quadra esportiva da praça invadiram o local, danificando o piso. “Na época, o [então] presidente da Associação de Moradores fez a reclamação e eles vieram para arrumar. Porém, eles cortaram a árvore de forma superficial, não mataram a raiz; foram lá e consertaram o piso da quadra, só que a raiz da árvore continuou crescendo”, explica Pereira.
O presidente da Associação ressalta, ainda, que o piso original da quadra é feito de asfalto, mas o conserto foi feito com aplicação de cimento, resultando em ainda mais rachaduras. Segundo ele, um novo requerimento para reparo do local foi feito em abril deste ano e aprovado em Plenário na Câmara Municipal, mas a informação fornecida pelo poder público é a de que a demanda só deve ser atendida em janeiro de 2018.
“O nosso bairro tem muitas crianças, muitos jovens, e a gente pretende fazer uma escolinha de futebol ali, mas, naquele local, a gente não tem como fazer”, conta Pereira, ressaltando que a atividade poderia contribuir para a redução do número de usuários de drogas que atualmente frequentam o local.
O presidente da Associação também reivindica a limpeza e a realização de capina e poda na praça. Ele afirma que o último corte de grama foi feito em setembro e que um novo pedido foi aprovado no legislativo em novembro, mas a atividade ainda não foi realizada.
ESCLARECIMENTOS
Em nota, a Empav informa que técnicos da Secretaria de Meio Ambiente e da Empresa estão analisando a situação, mas ressalta que as raízes de qualquer árvore não continuam crescendo após o corte. “Em relação ao mato e sujeira na praça, a Empav inseriu na programação para realizar a manutenção do espaço”, complementa a nota.
A Empav também reforça que não tem a autonomia de cortar árvores. Ela precisa de autorização por parte da Secretaria de Meio Ambiente, após a mesma realizar estudos e laudos a respeito da necessidade de cortes. E que realizou cortes de algumas raízes a fim de controlar o crecimento das mesmas, enquanto a autorização para corte total da árvore não é liberada.