Nunca os preços dos alimentos caíram tanto em um ano. Até novembro, esses produtos ficaram 5,25% mais baratos – uma queda recorde. Feijão, carne e uma série de itens importantes na mesa dos brasileiros têm registrado quedas seguidas – o mês passado foi o sétimo consecutivo de preços em queda na alimentação.
A inflação oficial no Brasil é medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), um indicador que é divulgado todos os meses pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Quando os preços caem ou sobem menos, a inflação pesa menos no bolso do consumidor. No caso dos alimentos, os dados mostram que comer ficou mais barato.
“A safra de 2017 foi muito boa, então isso contribuiu para a redução dos preços dos alimentos durante todo o ano”, explicou o gerente do IPCA, Fernando Gonçalves. O IBGE informou que de 16 grupos de alimentos analisados, 13 apresentaram queda em novembro. Diante desse desempenho, os preços dos alimentos caíram, em média, 0,72% no mês passado.
Preços em queda
A instituição informou, ainda, que os itens cujas quedas mais chamaram a atenção dos pesquisadores no mês foram feijão carioca (-8,40%), ovos (-3,28%), açúcar refinado (-4,93%), farinha de mandioca (-4,78%), tomate (-4,64%), frutas (-2,09%), pão francês (-0,55%) e carnes (-0,11).
Entre os grandes grupos, a principal queda do mês foi em cereais, leguminosas e oleaginosas (-2,71%). Em segundo lugar figurou o grupo de produtos classificados como farinhas e massas e açúcar e derivados (-2,11%) e, em terceiro, as frutas (-2,09).
Melhora do custo de vida do brasileiro
Os dados do IBGE também revelam que a inflação de novembro ficou em 0,28%. No acumulado do ano, o indicador ficou em 2,50%, o menor resultado para o período desde 1998. No ano passado, nesse mesmo período, a inflação acumulada era o dobro da registrada agora, uma comparação que mostra como o cenário evoluiu favoravelmente para o consumidor.
Fonte: Portal Brasil