Como tudo que faz, Carlos Alberto Serpa caprichou na entrega do Prêmio Fernando Azevedo ao ministro José Mendonça Filho, da Educação. Foi uma bonita festa na sede da Fundação Cesgranrio, com a presença de uma série de importantes autoridades educacionais. Foram ditas as razões que levaram a Academia Brasileira de Educação a outorgar ao titular do MEC essa láurea.
Suas últimas ações têm sido marcadas pelo êxito, como aconteceu com a reforma do Enem, agora em duas etapas, além do grande trabalho de revisão do ensino médio, embora para entrar em vigor no ano de 2018. Mas esse fato e mais os novos currículos da educação básica provam uma grande determinação por parte da gestão Mendonça Filho, que, no seu discurso, fez questão de elogiar a sua equipe pelas inovações. Fez menção especialmente à sua Secretária Executiva, professora Maria Helena Guimarães.
O destaque do homenageado como homem público não vem de hoje. Desde cedo, no governo de Pernambuco, marcou sua vida como gestor, com ênfase particular na educação. Pegou sua Secretaria no 21º lugar do Ideb e, graças a uma série essencial de iniciativas, elevou em 2016 à liderança nacional. Foi de sua iniciativa a criação do projeto de residência pedagógica e uma férrea determinação de valorizar a utilização do tempo integral no ensino médio (mínimo de cinco horas diárias). Hoje, o ministro transmite essas ideias a todo o sistema.
É claro que, nessa digressão, Mendonça Filho não esqueceu de abordar o problema da qualidade do ensino. Citou as dificuldades do quadro do magistério, particularmente as questões salariais. Demonstrou os seus esforços para que haja a devida correção de rumos, nessa matéria fundamental. Não se vai depender apenas de vontade política, mas é preciso que haja recursos financeiros adequados, o que só será possível com a reforma pretendida da economia brasileira, o que notoriamente começa agora a acontecer em nível federal.
Como o Prêmio concedido anualmente pela Academia Brasileira de Educação tem o nome do acadêmico Fernando Azevedo, um dos grandes ídolos da educação brasileira, recordou-se na solenidade o Manifesto dos Pioneiros da Escola Nova, que marcou o ano de 1932 de modo indelével em nossa pedagogia. É com esse mesmo espírito de renovação que se administra hoje o MEC, procurando tocar em seus pontos nevrálgicos, para a necessária reforma.
Ao terminar a cerimônia, Carlos Alberto Serpa de Oliveira ofereceu ao ministro e seus convidados uma sessão cultural, como é próprio da Fundação Cesgranrio em suas atividades variadas. Com o título “Eternos olhos azuis”, apresentou um pequeno show de homenagem a Frank Sinatra, com artistas do seu elenco, todos muito bons cantores, que arrancaram lágrimas da plateia, especialmente com a apresentação de canções como “My Way” e “New York, New York”. Acompanhado da esposa e membros de sua equipe, o ministro José Mendonça Filho sentiu-se devidamente homenageado.