Rede de óticas de Juiz de Fora é suspeita de sonegação fiscal

A rede Óticas Kika, empresa juiz-forana voltada à comercialização de óculos e equipamentos eletrônicos, foi alvo da operação Armação, deflagrada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Receita Estadual e Polícia Civil, na manhã desta terça-feira, 21. A ação apura a suspeita de venda de óculos, lentes e armações sem procedência comprovada.

Segundo o Ministério Público, a rede estaria comercializando óculos sem nota fiscal. Os produtos seriam adquiridos no estado do Rio de Janeiro e guardados em um sítio na região de Matias Barbosa.

Na operação desta terça-feira, foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão em Juiz de Fora e Matias Barbosa, sendo realizadas a contagem física de produtos e a verificação da origem das mercadorias. Três promotores de Justiça, três delegados, 18 agentes da Polícia Civil e 45 auditores fiscais participaram da força-tarefa.

Ainda segundo informações do MP, a Secretaria Estadual de Fazenda já teria apurado que, em 2015 e 2016, a empresa comercializou centenas de óculos sem comprovar, por meio de nota fiscal, as aquisições, o que teria resultado em uma sonegação superior à R$1 milhão de reais.

Os envolvidos estão sendo investigados pelos crimes de sonegação fiscal e organização criminosa. Em caso de condenação, as penas podem chegar a 10 anos de reclusão.

 

POSICIONAMENTO DA EMPRESA

Em nota de esclarecimento, a Óticas Kika nega a acusação de que compra óculos de sol e de grau e lentes de contato no estado do Rio de Janeiro e revende sem nota em Juiz de Fora. A empresa também afirma que todas as suas mercadorias são adquiridas com nota fiscal, obtidas diretamente dos fabricantes.

“Reiteramos aqui que a Óticas Kika é uma empresa genuinamente juizforana, no mercado há 36 anos, que prioriza a clareza com relação a origem e qualidade de seus produtos; essa conduta permitiu relações empresariais com as maiores indústrias multinacionais do mercado do segmento óptico do mundo”, ressalta a nota.

A empresa destaca, ainda, estar à disposição das investigações, em busca do esclarecimentos dos fatos.




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