Polícia Civil investiga assassinato de policial por ex-companheira

A Delegacia Especializada de Homicídios de Juiz de Fora investiga a morte de um policial civil de 57 anos, morto com três tiros na madrugada de terça-feira, 14, no bairro Vitorino Braga, zona Sudeste. A suspeita de cometer o homicídio é a ex-companheira da vítima. Ela teria utilizado a arma do próprio investigador e fugiu após o crime.

O policial era lotado na Central de Flagrantes (Uniflan-Barreiro), em Belo Horizonte, e estava de licença para se aposentar. Ele e a autora começaram um relacionamento há cerca de um ano e, segundo informações do delegado Rodrigo Rolli, responsável pelo caso, os dois mantinham uma relação conturbada.

“Há aproximadamente dois meses, autora tentou agredir a vítima com uma paulada, após uma discussão. Ele conseguiu segurá-la, contê-la, mas ela se apossou da arma de fogo dele, que estava em sua cintura, e apontou em direção ao policial. Foi necessária a intervenção da PM, com intuito de que ela abaixasse a arma. Foi feita o registro do fato, mas ele não quis dar andamento ao procedimento policial”, contou.

Ainda conforme o delegado, na terça-feira duas testemunhas foram ouvidas, dentre elas, o ex-marido da autora, que teria presenciado parte do crime. “Eles tiveram um relacionamento de 10 anos e dessa relação nasceu uma menina de cinco. No dia do fato, por volta de 00h30, os três estavam comendo em uma lanchonete e depois se deslocaram até o imóvel, onde ocorreu o crime. No local, se depararam com a vítima e este, bastante exaltado, começou a xingar a autora e em seguida, a autora e a vítima entraram no imóvel”, relatou Rolli.

A testemunha ainda disse que ficou do lado de fora e ouviu a discussão entre as partes. “O ex-marido da autora observou que o policial entrou com a arma na cintura. Passada a discussão, foi efetuado um disparo. Após o tiro, a testemunha ouviu a vítima pedindo socorro e, em seguida, mais dois disparos. Logo depois, a autora fugiu e deixou a arma no local”, acrescentou o delegado.

Rolli afirmou ainda que, a princípio, não há entendimento de que a ex-companheira agiu em legítima defesa, uma vez que a vítima já tinha sido alvejada e, ainda assim, a autora efetuou mais dois disparos. “Era um relacionamento conturbado, com diversas desavenças entre o casal. O crime pode ter ocorrido por motivos passionais”, ponderou.

A Polícia ainda está à procura da autora. “Estamos esperando o laudo de necropsia ficar pronto, para ser expedido mandado de prisão preventiva contra a autora. E outras testemunhas ainda serão ouvidas”, disse o delegado sobre os próximos passos.




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