Cerca de 70 pessoas foram diagnosticadas com o vírus HIV em Juiz de Fora nos primeiros sete meses do ano

Mais de três mil pessoas procuraram o Departamento Municipal de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST/Aids) e Hepatites Virais da Secretaria de Saúde (SS) da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) para realizar o teste rápido de HIV. As informações foram repassadas pelo próprio departamento e mostram que 1813 homens e 1561 mulheres foram testados até o dia 31 de julho deste ano, sendo que para 52 homens o teste apontou positivo, assim como para 19 mulheres.

Na avaliação do gerente do DST/Aids, Oswaldo Alves dos Santos Júnior, o cenário municipal é semelhante ao que acontece no país. “Foi constatado aumento significativo nos números de casos já diagnosticados, porém, o que temos para falar de bom é que as pessoas estão procurando os testes, que é a melhor forma de obter o diagnóstico precoce”, reforça.

Ele explica que Aids é uma doença causada pelo vírus da imunodeficiência humana (VIH ou HIV) que infecta as células necessárias à defesa do organismo, permitindo que outros vírus, fungos, bactérias ou protozoários ataquem este organismo, podendo provocar a morte do indivíduo. O HIV é transmitido, principalmente, por meio do contato sexual sem o uso da camisinha. “A doença também pode ser contraída através de material perfuro-cortante contaminado com vírus ou fluidos corporais como o sêmen. Vimos que apenas 60% da população brasileira utiliza o preservativo. O público mais acometido é o jovem, pois são pessoas que de alguma forma não enxergam a doença como algo que pode levar a óbito, mas como uma enfermidade crônica que tem tratamento eficaz, por meio de medicações que reduzem os efeitos colaterais. Talvez, seja por isso que eles não adotam os cuidados necessários”, lembra.

O gerente ressalta ainda a importância da realização do teste rápido. “A gente sugere que a pessoa que não conhece a sua sorologia, mas que passou por situação de risco, procure o departamento, pois quanto antes o diagnostico for feito e o tratamento for iniciado, melhor será a qualidade de vida dessas pessoas. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece todo o suporte gratuito. O paciente nos procura, realiza o exame e descobre a sorologia. Se o resultado for positivo, ele é encaminhado para o Serviço de Atenção Especializada (SAE), onde é feito o tratamento com medicações retro-virais. Esse paciente recebe todo um aconselhamento com assistente social, psicólogo, dentista, farmacêuticos, para ser orientado da melhor forma possível”, afirma Júnior, acrescentando que o uso da camisinha é indispensável.

O DST/Aids é localizado no Centro de Vigilância em Saúde, na Avenida dos Andradas, nº523, e o atendimento é das 8h às 12h e das 13h às 17h. O telefone para contato é o 3690-7054.




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