O Serviço de Defesa do Consumidor (Sedecon) da Câmara de Juiz de Fora enviou ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio da Curadoria de Defesa do Consumidor, um ofício com cerca de 40 reclamações, realizadas a partir de janeiro de 2016, contra a Crefisa, empresa que oferece crédito pessoal. Algumas das reclamações apontam que a empresa infringiu a Lei nº 8.137/90. que regula as relações de consumo.
Entre outros pontos, a lei proíbe a prática reiterada de cobrança de juros e encargos ilegais. Alguns consumidores reclamam que a Crefisa oferece empréstimos pessoais com promessas de baixas taxas de juros consignados. No entanto, quando o empréstimo é debitado os juros são exorbitantes. Em um dos casos a taxa de juros chegou a 22% ao mês e a 987,22% ao ano.
Segundo os consumidores, a empresa também não informou no ato, durante ou depois da contratação do empréstimo, os valores das taxas de juros e de outros encargos relativos ao empréstimo.
Outra reclamação comum contra a Crefisa é a falta de clareza na linguagem utilizada no contrato, o que dificulta o entendimento por parte dos consumidores. O Sedecon destaca que os reclamantes são em sua maioria idosos com pouco conhecimento.
De acordo com o coordenador do Sedecon, Nilson Ferreira Neto, a empresa se vale da fraqueza ou ignorância dos consumidores para conseguir vantagens excessivas no momento de formalizar o contrato de empréstimo.
Fonte: Assessoria / Câmara Municpal de Juiz de Fora