Minas Gerais é o estado brasileiro que obteve o melhor índice em Leitura na Avaliação Nacional de Alfabetização (ANA), cujos resultados foram divulgados nessa semana pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), do Ministério da Educação (MEC).
O Estado aparece com 62,35% dos estudantes acima dos 8 anos, faixa etária de 90% dos avaliados, nos níveis 3 e 4, referentes à escala adequada e desejável, sendo o estado com maior percentual de estudantes no nível desejável (23,29%).
Em Matemática, os estudantes mineiros também são destaque: 62,17% aparecem no nível suficiente (somatório dos níveis 3 e 4), pouco abaixo dos estudantes de Santa Catarina, que aparecem com 62,18%.
Em Escrita, o Estado está em primeiro lugar no nível 5 (adequado), com 16,1%; e está em quarto lugar no nível suficiente, com 79,25% dos estudantes, perto de São Paulo (82,9%), Santa Catarina (84,84%) e Paraná (85,63%).
Os dados são referentes a 2016, quando foi realizada a terceira edição da avaliação, e mostram o desempenho nos quesitos Escrita, Leitura e Matemática, nas redes estaduais e municipais de ensino. Os testes são aplicados em estudantes matriculados no 3º ano do Ensino Fundamental.
De acordo com critérios do Inep, os resultados de rendimento dos alunos são divididos em quatro níveis para Leitura e Matemática e cinco níveis para Escrita. Os níveis 1 e 2 são de menor desempenho, considerados insuficientes, e os níveis 3 e 4, respectivamente, e 5 para escrita, os de melhor desempenho, considerados suficientes.
Cada área avaliada mede competências específicas e diferentes entre si. Por essa razão, as Escalas de Proficiência de Leitura, Escrita e Matemática não possuem equivalência de níveis.
Segundo informações do MEC, a ANA avalia o começo do aprendizado da norma ortográfica e o domínio progressivo da escrita. Para isso, são aplicadas três questões abertas: escrita de duas palavras de estruturas silábicas distintas e uma pequena produção textual.
Ao se aplicar itens de produção escrita, busca-se avaliar, principalmente, a estrutura do texto, a capacidade de gerar o conteúdo textual de acordo com o gênero solicitado e de organizar esse conteúdo, estruturando os períodos e utilizando adequadamente os recursos coesivos (progressão do tempo, marcação do espaço e relações de causalidade).
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A superintendente de Avaliação Educacional da Secretaria de Estado de Educação (SEE), Geniana Guimarães Faria, explica que é importante destacar a diminuição da distância entre os rendimentos dos alunos.
“Os dados demonstram que estamos conseguindo diminuir as distâncias entre os níveis de ensino, com menos estudantes nos níveis insuficientes e mais estudantes nos níveis suficientes. Em Leitura, por exemplo, somos o estado com maior percentual de alunos no nível desejável e o estado com menor percentual de alunos no nível elementar”, comenta.
Em Matemática, os dados mostram também essa realidade: apenas 10,9% dos estudantes estão no nível elementar.
Fonte: Agência Minas