Família realiza campanha para encontrar doador de medula óssea para menino de 12 anos

A família de Gustavo Garonci Guedes de Souza, de 12 anos, busca um doador de medula óssea para o garoto, residente na cidade de Laranjal. Em 2014 ele recebeu diagnóstico de Leucemia Linfoblástica Aguda (LLA), passou por tratamento de quimioterapia por dois anos até a remissão da doença, mas, neste ano, a patologia voltou.

Para superar a doença, o menino precisa de um transplante de medula óssea. A mãe de Gustavo, Ana Luiza Garonci Guedes, comentou sobre o processo de diagnóstico da doença. “Ele começou a sentir dores na perna. Chegamos ao médico e, após exames, descobrimos a leucemia. Ele fez toda a quimioterapia, tratamento e entrou para o controle. Havia um ano que não tomava medicação, mas, recentemente, apareceu um caroço na garganta dele. A médica realizou exames, marcou a biópsia e foi constatado que a doença voltou”, explicou.

Na última semana, Gustavo esteve internado no Hospital da Associação Feminina de Prevenção e Combate ao Câncer de Juiz de Fora (ASCOMCER), mas já voltou para sua cidade. Entretanto, ele ainda aguarda o transplante na fila de espera. “Ele começou novamente o tratamento intensivo de quimioterapia e a médica afirmou que com isso ele poderia esperar por um doador. Estamos pedindo que as pessoas se desloquem até os hemocentros. A cura só será possível se ele encontrar um doador que tenha uma medula compatível com a dele. As chances são 1 em 100 mil”, afirmou Ana Luiza.

A mãe também reforça que tem recebido apoio da Prefeitura Municipal de Laranjal, que tem custeado o deslocamento da família até Juiz de Fora e, por três vezes na semana, tem liberado uma van para trazer pessoas para realizarem o teste de compatibilidade.

 

CHANCES DE ENCONTRAR O DOADOR NA FAMÍLIA SÃO MAIORES

Conforme o Ministério da Saúde, o doador compatível deve ser procurado, em primeiro lugar, entre os membros da família. Entre irmãos, a chance de encontrar um doador é de 25%. No caso de Gustavo, nenhuma familiar correspondeu à busca.

A responsável pelo setor de capacitação e cadastro de doadores de sangue e medula óssea da Fundação Hemominas de Juiz de Fora, Lidiane Moura, explica que quando não há um doador compatível é necessário fazer uma busca nos registros de doadores voluntários, tanto no Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome) quando nos do exterior. O Redome é o responsável por toda a busca junto aos registros internacionais de doadores. “São colhidos 5 ml de sangue para fazer o exame HLA. A pessoa entra no cadastro dos doadores e recebe orientações. Ela não doa a medula na primeira vez, só quando é encontrado alguém compatível”, ressalta.

Para fazer o teste é muito fácil. Lidiane informa que é só a pessoa ir até o Hemominas com documento de identidade e CPF. “Qualquer pessoa pode doar, desde que não tenha mais que 55 anos ou tenha tido câncer, doenças hematológicas ou infectocontagiosas como HIV, sífilis, hepatite ou doenças autoimunes como a diabete. O cadastro é realizado de segunda a sexta-feira, das 7h às 15h. Nos dias 1, 2 e 3 de novembro, não será realizado”, reitera.




    Receba nossa Newsletter gratuitamente


    Digite a palavra e tecle Enter.