Teve início nessa segunda-feira, 23, a 16ª edição do “Primeiro Plano – Festival de Cinema de Juiz de Fora e Mercocidades”. O evento, que vem sendo realizado desde 2002, e que em 2015 foi incluído no calendário oficial de festividades do município, se estenderá até sábado, 28. As exibições serão realizadas no Cinemais Alameda, situado na Rua Morais e Castro, nº 300, no Alto dos Passos. A programação é gratuita, e os ingressos serão distribuídos uma hora antes da atração pela produção do festival.
Para esta edição, foram inscritas 230 produções, das quais 54 foram selecionadas para participar das mostras competitivas. Na Mostra Mercocidades, são 25 curtas dirigidos por cineastas estreantes de várias partes do país e da América Latina.
Na Mostra Competitiva Regional, serão exibidos 29 curtas, realizados por cineastas estreantes e veteranos residentes em Juiz de Fora e Zona da Mata. O melhor curta feito por diretor universitário também concorre ao Prêmio Incentivo Primeiro Plano, que dá ao vencedor R$9 mil para realizar nova produção no ano seguinte. Em ambas as mostras competitivas, os curtas foram finalizados a partir de janeiro de 2016 e têm duração máxima de 20 minutos cada.
De acordo com coordenadora de comunicação do Primeiro Plano, Marília Lima, o festival é um ótimo momento de debater sobre cinema e o início do desenvolvimento de uma linguagem cinematográfica que depois será aperfeiçoada em outros filmes. “É um dos pouco festivais de cinema que acontece na cidade, que é realizado há 15 anos. É uma semana em que são trazidos filmes de todos os lugares, com um olhar cinematográfico contemporâneo. São filmes que só podem ser assistidos aqui, oportunidade única de conferir os trabalhos das pessoas da cidade. Além do mais, é a chance de os produtores locais assistirem seus filmes, ter contato com o público e receber um feedback. Assim estaremos incentivando a produção local, que é importante para a cultura audiovisual da cidade”, afirma.
OFICINAS
Este ano, o Primeiro Plano oferece três oficinas gratuitas. “A Luz no Cinema” será ministrada por Tiago Scorza, formado em cinema pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e diretor de cinema, fotografia e câmera. A oficina de “Atuação para Cinema” será ofertada por Rômulo Braga, ator mineiro com participação no filme “Mutum” (2006), da diretora Sandra Kogut, entre outros. Já a oficina “Direção de Arte”, será realizada por Yeves Moura, que é sócio da empresa Buendia Filmes e atua no mercado audiovisual como diretor e produtor de arte. As oficinas acontecem na Casa de Cultura da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), localizada na Avenida Rio Branco, n°3.372, Alto dos Passos.
LEGENDAGEM DESCRITIVA
A novidade do festival em 2017 é um recurso de acessibilidade chamado legendagem descritiva, que corresponde à transcrição dos diálogos, efeitos sonoros, sons do ambiente e demais informações da obra audiovisual que sejam relevantes para possibilitar a melhor compreensão da obra, técnica direcionada para pessoas com deficiência audiovisual. Ela será utilizada nos filmes exibidos na quinta-feira e na sexta-feira, dentro da Sessão Lanterninha.
CURTA VITRINE
Voltada para o público infantil, a Sessão Lanterninha tem como destaque filmes e animações educativas. Nesta terça-feira, 24, uma das atrações é a animação “Vitrine”, dirigida por Caio Parizi. Conforme o autor, “Vitrine” narra a história cotidiana de dois personagens que se conhecem e tem uma ligação conturbada, marcada por um relacionamento através da vitrine de uma loja. O filme também aborda questões sociais como diferença de raça e gêneros. São nove minutos de duração da animação que participará da Mostra Competitiva Regional na quinta-feira.