O temporal com ventos fortes que atingiu Juiz de Fora no fim da tarde dessa segunda-feira, 2, causou estragos no telhado da Creche Cooperativa Carlos Moraes, localizada na Rua Dr. Alberto Surek, bairro Furtado de Menezes, região Sudeste. Conforme relatos dos moradores das proximidades, três carros que estavam na rua no momento das chuvas foram atingidos pelas telhas que caíram do teto.
O incidente deixou três alunos que estavam na creche assustados. “Por volta das 17h30, escutamos um barulho muito forte, mas achamos que se tratava de outra coisa, não imaginávamos à proporção que chegou. Olhamos para o lado de fora e percebemos que toda a estrutura do teto havia desabado. No momento, três crianças estavam dentro da creche e começaram a chorar”, disse Rosa Aparecida de Lima Paulino, funcionária que estava dentro da creche durante a tempestade.
Ainda segunda Rosa, as salas ficaram expostas à chuva e as atividades estão interrompidas, sem previsão de funcionamento, já que a creche não tem recursos para custear os reparos. “Está tudo alagado e sem energia. Não temos dinheiro para reconstruir o telhado e também não temos ideia do prejuízo. São 125 crianças atendidas pela creche e a gente não sabe o que vai fazer com elas, pois a maioria não tem onde ficar, uma vez que os pais trabalham. Precisamos da ajuda das pessoas”, clamou a funcionária.
A respeito do destelhamento, a Secretaria de Educação (SE) da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), por meio de nota, afirma que enviou uma equipe à creche para avaliar a situação do prédio. A secretaria também reitera que, “ em conjunto com a coordenação da instituição, que é conveniada à Prefeitura, está verificando quais serão as providências a serem tomadas com relação ao atendimento para comunicar às famílias sobre os procedimentos a serem seguidos”. Por falta de condições de uso do espaço, o atendimento da creche está suspenso até que sejam acertados todo os detalhes com toda a comunidade.
As doações para reconstrução do telhado da creche podem ser realizadas através do telefone (32) 3235-0568 ou na sede da instituição (Rua Doutor Alberto Surek, 35, Bairro Furtado de Menezes).
OUTRAS OCORRÊNCIAS
De acordo com a Defesa Civil, até o momento foram registradas 23 ocorrências, sendo que até a noite de segunda-feira, 2, 11 já haviam sido atendidas. A maioria foi por destelhamento, nos bairros São Pedro, Santa Cândida, Centenário, Olavo Costa, Furtado de Menezes, Ipiranga, Granjas Betânia, Benfica e Grajaú. Também havia indícios de alagamentos no bairro São Judas Tadeu. A equipe segue nas ruas atendendo às demandas.
CHUVAS DEVEM DIMINUIR
Conforme o 5° Distrito do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), os ventos fortes alcançaram 78,3 quilômetros por hora na Estação Automática, estabelecida no Campus da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). O acumulado de precipitações em pouco mais de uma hora foi de 31,4 milímetros.
O instituto reforça que a frente fria que atingiu a cidade está seguindo em direção ao Norte e ao Nordeste do estado e o sol deve reaparecer a partir da quinta-feira, 5. Nesta quarta-feira, 4, o céu ficará parcialmente nublado, com possibilidades de chuvas e trovoadas ocasionais durante o dia. Os termômetros devem registrar de 15° a 29°. A umidade relativa do ar também deve variar conforme o horário, ficando em 100% pela manhã e 60% a tarde.
DICAS DA DEFESA CIVIL
Com o início da temporada de chuvas é importante redobrar a atenção, pois há risco de enchentes, enxurradas, alagamentos e deslizamentos de encostas. A Defesa Civil dá algumas dicas para diminuir os riscos de acidente nestes períodos.
– Providencie a poda ou corte de árvores próximas a residências com risco de queda. Caso a vegetação ofereça risco à população, a Defesa Civil deve ser acionada para providenciar o encaminhamento para o devido corte ou poda.
– Faça o conserto de calhas e troca de telhas quebradas, reforce a fixação renovando pregos e madeiras e isolamento da fiação elétrica.
– Não acumule lixo nem entulhos nas ruas. Com a chuva, os mesmos vão parar nos bueiros obstruindo a passagem das águas, ocasionando o alagamento. Além disso, o lixo em vias públicas ou barreiras aumenta o peso e o perigo de deslizamento.
– Verifique as condições de segurança de sua casa: atenção para trincas e rachaduras em teto, paredes e pisos, afundamento de terreno e rompimento de tubulação. Nesses casos, procure imediatamente a Defesa Civil pelo telefone 199.
– Não construa próximo a córregos e em cima ou embaixo de barrancos que possam deslizar, carregando ou soterrando sua casa.
– Evite retirar a camada vegetal dos barrancos, pois é ela que protege contra erosões e deslizamentos. Não faça cortes nos terrenos de encostas sem licença da Prefeitura.
– Em morros e encostas, não plante bananeiras e outras plantas de raízes curtas, porque as raízes dessas árvores não fixam o solo e aumentam os riscos de deslizamento. Em morros e encostas não plante mamão, fruta-pão, jambo, coco, banana, jaca e árvores grandes, pois acumulam água no solo e provocam quedas de barreiras.