Mulher que matou marido a golpes de marreta é condenada a 17 anos de prisão

O Tribunal do Júri condenou em 17 anos e dois meses em regime fechado a mulher de 31 anos acusada de matar a golpes de marreta o companheiro e enterrar o corpo no quintal de casa. O julgamento começou na manhã dessa quinta-feira, 26, e foi presidido pelo juiz Paulo Tristão.

Durante a manhã, as testemunhas de defesa e acusação foram ouvidas. À tarde, promotoria e defesa realizaram o debate e, por volta de 17h30, o juiz proferiu a sentença. Na decisão, o magistrado aplicou 16 anos de prisão pelo crime de homicídio e um ano e dois meses pela ocultação de cadáver.

Na leitura da sentença, o juiz ressaltou que, apesar da ré não possuir antecedentes criminais, nos autos consta um documento comprovando que o filho do casal teria sido intoxicado para que ele não acompanhasse o crime, o que sugere que a mulher tinha premeditado o assassinato. Por isso, o magistrado aplicou a pena de 16 anos de prisão.

No final, Tristão relembrou que a mulher não estaria perdendo apenas a liberdade, como também a guarda dos filhos do casal, uma vez que, de acordo com o juiz, as crianças foram ouvidas pela Vara da Infância, que após a oitiva decidiu que eles fossem encaminhados à adoção.

O juiz concedeu à ré o direito de recorrer em liberdade.

 

O CRIME

O assassinato ocorreu no dia 24 de março de 2014 no bairro Cruzeiro do Sul, região Sul. Na noite do crime, a mulher e a vítima, um funcionário público de 50 anos, brigaram. Durante a madrugada, ela pegou uma marreta e golpeou a cabeça dele. Em seguida, arrastou o corpo para o quintal, onde cavou uma cova rasa e o enterrou.

A ré confessou o crime e afirmou que foi motivada pelas agressões que sofria do companheiro. Ela respondia ao processo em liberdade desde junho de 2014, por não ter atrapalhado o andamento do mesmo.




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