Feira livre terá alimentos para pessoas com restrição alimentar

A partir desta sexta-feira, 15, cerca de 20 feirantes estarão presentes no Parque Halfeld, das 9h às 14h, comercializando produtos sem glúten, sem lácteos, sem açúcar, sem ovo, veganos e orgânicos. É o início da feira “É Daqui”, a primeira do país com alimentos destinados às pessoas com alguma restrição alimentar, que será promovida pela Associação de Inclusão Alimentar e Bem-Estar da Zona da Mata Mineira (Bem-Te-Vida) em parceria com a Secretaria de Agropecuária e Abastecimento (SAA) da Prefeitura de Juiz De Fora (PJF).

Ao longo de todas as sextas-feiras, os comerciantes estarão no mesmo horário e local, vendendo produtos como bolos, pão, salgados, frutas, verduras e legumes frescos, voltados para essa parcela da população. “O intuito é atender um público que não pode consumir alimentos com glúten, lactose, e que apreciam a produção orgânica. Percebemos a necessidade de instituir essa feira, já que, na cidade, temos somente um estabelecimento que comercializa esse tipo de alimentos, de forma não tão acessível. É a oportunidade de trazer mais variedade para essas pessoas”, explica o secretário de Agropecuária e Abastecimento, Carlos Alberto Ramos de Faria.

Segundo ele, os alimentos que serão vendidos na feira são produzidos por produtores da cidade e da região. Ele espera que a iniciativa incentive os pequenos comerciantes a produzirem mais e fornecerem os produtos para os grandes fabricantes, estratégia que vai aquecer a economia local, gerando emprego e renda.

Conforme a jornalista e ativista da causa Débora Fajardo, é a chance de valorizar a produção local. “Escolhemos o nome ‘É daqui’ com intuito de reconhecer os produtores de Juiz de Fora, que produzem alimentos frescos e de qualidade. Com isso, também temos a certeza de que 100% do dinheiro obtido com as vendas ficará aqui”, reforça.

Para Débora, o objetivo principal é a conscientização sobre a doença celíaca (intolerância ao glúten), que é desconhecida pelos brasileiros e pouco divulgada pelos órgãos de saúde, além da chance de disponibilizar alimentos voltados para essa parcela da sociedade, que são produtos de difícil acesso e custo alto. “Queremos trazer esse assunto à tona e oferecer alimentação adequada e saudável para essas pessoas, que é um desafio, pois são alimentos de pouca acessibilidade”, ressalta.

Celíaca, a protética Cláudia Medeiros destaca as dificuldades encontradas em Juiz de Fora. “Em alguns pontos do comércio, como os supermercados, até encontramos variedades, mas nos bares e restaurantes não existe um cardápio adequado para as pessoas com alguma restrição alimentar e isso, muitas vezes, me impossibilita de frequentar esses locais”, salienta.

De acordo com Cláudia, faltam mais variedades na cidade e ela aguarda ansiosamente pelo lançamento da feira. “Já estou me programando para ir. Espero que tenha opções como biscoitos, bolos, gostosuras que não encontramos na cidade e, se tiver um ‘precinho’ acessível, prometo ir todas as semanas para realizar minhas compras”, finaliza.




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