Bombeiros orientam sobre os riscos de afogamento neste período do ano

Conforme levantamento realizado pelo 4º Batalhão do Corpo de Bombeiros Militar de Juiz de Fora, nos nove primeiros meses de 2017, 14 mortes por afogamento foram registradas pela corporação na cidade e região. Com a época mais seca do ano se aproximando, caracterizada por altas temperaturas e umidade relativa do ar baixa, as pessoas buscam mais os rios e córregos para se refrescarem, fator que aumenta consideravelmente os índices de afogamento neste período do ano, se comparado com outras épocas.

“Neste período de início de verão, é normal que as pessoas busquem formas de lazer para se refrescar, momento em que os riscos de afogamento aumentam”, explica a assessora do Corpo de Bombeiros, tenente Priscila Adonay.

Segundo Priscila, os banhistas devem ficar atentos e tomar alguns cuidados ao entrar na água. “O álcool não é recomendado e as pessoas não devem nadar depois de consumí-lo. O ideal é utilizar objetos específicos para nadar, como boia. Colchão inflável, garrafas pets vazias e outros matérias, que as pessoas acreditam que eles flutuarão, não devem ser usados”, lembra.

Ela também afirma que o excesso de confiança pode ser prejudicial. A tenente relembra o caso do adolescente de 15 anos, que teve o seu corpo resgatado na terça-feira, 12, nas proximidades da represa Ponte Preta, localizada na cidade de Santos Dumont, vítima de afogamento. Conforme Priscila, familiares do jovem relataram à corporação que ele estava curtindo um momento de lazer e que sabia nadar. “Geralmente, por já conhecer o rio as pessoas acabam relaxando e deixando os cuidados de lado. A água é muito traiçoeira, por isso é importante ter cautela e se informar sobre o local em que se está entrando”, reforça.

Brincadeiras como pular de ponte ou de ponta cabeça em leitos desconhecidos, até mesmo aquelas “tradicionais”, como prender a respiração debaixo d’água, devem ser evitadas. Em situações que envolvem crianças, o cuidado dos adultos deve ser redobrado. “Elas não têm maldade e não conseguem ter noção exata dos riscos. Por presenciarem os coleguinhas maiores brincando em locais perigosos, que para elas parecem mais legais, elas acabam se arriscando. Em razão disso, a necessidade da supervisão dos adultos”, orienta Priscila.

Se por acaso estiver acontecendo o episódio de afogamento, Priscila aconselha que ninguém se aproxime diretamente da vítima e sim jogue algum objeto que flutue para a pessoa se agarrar. “As pessoas que estão se afogando ficam desesperadas e podem acabar levando para o fundo quem tentar socorrê-la”, acrescenta a assessora, completando que o Corpo de Bombeiros deve ser acionado imediatamente através do número 193.




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