Polícia Civil apresenta suspeito de feminicídio em Juiz de Fora

Na manhã desta terça-feira, 12, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) apresentou um comerciante de 41 anos, suspeito de ter assassinado uma jovem de 21 anos. A vítima teria um relacionamento extraconjugal com o homem e foi encontrada morta, com um tiro no rosto, no dia 4 de agosto, no Bairro Santo Antônio, caída na rua.

O crime teria acontecido no interior do estabelecimento comercial do investigado, onde havia marca de sangue e indicação de que o corpo teria sido arrastado por cerca de três metros. Na ocasião, a Polícia Militar foi acionada pela esposa do homem, que estava no interior de sua residência – situada em frente ao estabelecimento – quando ouviu um estampido. Em seguida, o marido dela teria entrado em casa dizendo que havia atirado na vítima, que sua vida havia acabado naquele momento e que iria fugir.

Segundo informações da delegada Ione Maria Moreira Dias Barbosa, após investigações da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, foi possível cumprir, nesta terça, em Lima Duarte, o mandado de prisão preventiva em desfavor do suspeito. Segundo ela, no dia dos fatos, ele fugiu do flagrante e, dias depois, apresentou-se na Delegacia, na presença de advogados. “Ele foi ouvido, confessou que tinha um relacionamento com a vítima e alegou que foi acidental”, contou.

De acordo com a autoridade policial, o homem disse, durante depoimento, que queria dar somente um susto na mulher. Investigações apontam que ele se sentia ameaçado por dois motivos: o primeiro deles estaria ligado à existência de um vídeo, de cunho pornográfico, que ele mesmo teria enviado para a vítima e estaria preocupado com a sua divulgação, ameaçando seu matrimônio. “Além disso, ela dizia que o último filho que nasceu poderia ser dele”, explicou. O homem também chegou a enviar várias mensagens para a vítima ir até o local onde aconteceu o crime.

Ainda conforme a delegada, o suspeito será encaminhado ao Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) de Juiz de Fora, mas as investigações prosseguem, com mais oitivas, com a finalidade de apurar se há a participação de outra pessoa no crime.

Fonte: Assessoria Polícia Civil




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