Diversas pessoas sofrem com doenças inflamatórias intestinais

Milhões de pessoas em todo o mundo convivem com doenças inflamatórias intestinais (DII). Diarréia, dores abdominais e articulares, além de lesões na pele, são os principais sintomas dos distúrbios que, segundo os especialistas, podem estar relacionados à predisposição genética e ao estilo de vida do paciente. “São doenças que ainda não tem uma causa totalmente estabelecida. Acredita-se que a vida corrida e uma alimentação não saudável são os fatores responsáveis pelo aparecimento das patologias. É como se o organismo tivesse uma reação a ele mesmo. Elas podem atingir a jovens e pessoas com idade mais avançada”, explica o coloproctologista, João Baptista de Paula Fraga.

Ainda pouco conhecidas, a doença de Crohn, que afeta o sistema digestivo e outros locais como a pele, olhos e articulações, e a retocolite ulcerativa, que ataca o intestino grosso, são as patologias mais comuns. Embora não exista um estudo epidemiológico no país, que mede a quantidade de casos, os distúrbios vêm aumento, segundo Fraga. “Existem pesquisas no sentido de identificar esses grupos de paciente e temos observado que esses casos estão crescendo, talvez, em função da melhora no diagnóstico”, ressalta.

Para discutir, com outros especialistas, novidades e aspectos pouco conhecidos da doença de Crohn, Fraga e outros especialistas organizaram, na noite de sexta-feira, 25, na sede do Santalmas, no Bairro Cascatinha, zona Sul, o simpósio Manejo Cirúrgico da Doença de Crohn. Entre os assuntos abordados está a forma de prevenção que, de acordo com o médico, não existe. “Por se tratar de uma doença oriunda de fatores genéticos e ambientais, não existe a prevenção. O que temos é o tratamento, a base de comprimidos, medicamentos injetáveis e, em alguns casos, a cirurgia”, esclarece. “É importante destacar que, no passado, não existia um tratamento eficaz para essas doenças e hoje temos. Na percepção dos sintomas é preciso procurar um médico para ser avaliado, realizar os exames e iniciar o tratamento, para evitar futuras complicações”, finaliza o médico.




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