A falta de chuvas e o tempo seco são os principais fatores que influenciam no aumento do número de queimadas no inverno. Conforme balanço divulgado pelo Corpo de Bombeiros nessa terça-feira, 15, entre janeiro e agosto deste ano a corporação registrou 266 ocorrências relacionadas a incêndio florestal, sendo que a maioria dos casos (145) aconteceu em lotes. Outras 96 queimadas atingiram áreas agrícolas e pastos.
Embora os números sejam significativos, no comparativo entre os primeiros três meses deste ano e o mesmo período de 2016, eles apontam redução, correspondendo a 213 registros no ano passado e 163 em 2017.
Segundo o assessor de comunicação do 4º Batalhão de Bombeiros Militar de Juiz de Fora, tenente Evandro da Silva, o período de abril a novembro é mais propício a acontecerem queimadas, devido ao fato de a vegetação estar mais ressecada. Ele reforça que a grande maioria dos incêndios é provocado por ações humanas. “Nessa época, algumas pessoas colocam fogos em lotes para fazer a limpeza, queimam lixos ou até mesmo preparam a terra para o plantio, e isso acaba fugindo do controle. Uma pequena fagulha pode levar a um incêndio de grandes proporções”, explicou.
O tenente da Silva reforçou também que acidentes automobilísticos, problemas respiratórios e complicações trazidas pelas fumaças são alguns riscos à vida dos moradores, provocados pelos incêndios. Ainda de acordo com ele, o Corpo de Bombeiros vem trabalhando com foco na prevenção de acidentes e proteção a comunidade, como a capacitação das tropas, além da promoção de blitzen educativas para conscientizar os populares.
O assessor acrescentou também que as queimadas devem ser evitadas. “A possibilidade de uma queimada controlada também existe, porém, as pessoas precisam procurar os órgãos competentes para se orientarem e receberem a capacitação. Fora isso, a prática de colocar fogo nos locais é crime e não deve ser realizada”, destacou. Caso ocorra algum incêndio, as pessoas devem ligar para o Corpo de Bombeiros através do 181.